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10/09/2008 - 18h00
Daniel Dantas curte o prazer de ser vilão em "Ciranda de Pedra"

Do PopTevê

Jorge Rodrigues Jorge/CZN

Com 33 anos de carreira, Daniel Dantas quer fazer "Macbeth"

Com 33 anos de carreira, Daniel Dantas quer fazer "Macbeth"

Nos cerca de quatro meses que "Ciranda de Pedra" está no ar, o público pôde ver Natércio da Silva Prado mentindo, separando amantes, afastando pai e filha. Por isso, chega a ser curioso observar o jeito tranqüilo de Daniel Dantas, seu intérprete. Conhecido por personagens que passam longe do estilo "armador", o ator carioca tem se deliciado com a oportunidade de aprontar muito como o antagonista das seis. "Ele está em tensão permanente. O Natércio é contido, mas desequilibrado ao mesmo tempo", analisa.

Dono de uma moral toda própria, o advogado não mede esforços na hora de conseguir o que quer de quem está à sua volta - não importando sequer o grau de amizade ou parentesco. "O Natércio é um homem culto. Ele com certeza leu Maquiavel e sabe que, na política e nos negócios, a ética funciona de outra maneira", acredita Daniel, mencionando o autor do conhecido "O Príncipe", livro escrito no século XVI e que prescreve estratégias para conquistar e manter o Poder.

Mesmo usando referências como essa na hora de construir o papel, Daniel está longe de ser o tipo de ator cheio de técnicas para interpretar. Filho do também ator Nélson Dantas e um dos fundadores do grupo de teatro "Asdrúbal Trouxe O Trombone" - celeiro de gente como Regina Casé, Patricya Travassos e Luiz Fernando Guimarães - ele prefere manter a simplicidade. "Nunca busquei grandes composições. Principalmente em teatro, eu fui reduzindo tudo que achava supérfluo", revela o ator, que prefere buscar inspiração nas palavras escritas pelos autores com quem trabalha. "Um bom texto, em geral, dá quase tudo o que a gente precisa. Quando o autor ocupa bem todos os espaços, a gente não precisa trazer muita coisa", acredita.

Pergunta - Você começou no "Asdrúbal Trouxe O Trombone", que é referência até hoje. Qual foi a importância de ter tido esse início de carreira lá?
Daniel Dantas - Foi ter começado a prestar atenção em teatro. Sempre me imaginei como um ator de cinema, talvez por conta da influência do meu pai. Gostava de cinema mais do que de qualquer outra coisa, mas no Asdrúbal estava com pessoas que sabiam melhor do que eu como aquilo funcionava. Tudo isso foi chamando minha atenção e, ao mesmo tempo, fui aprendendo o prazer do teatro.

Pergunta - Com 33 anos de profissão, muita gente já começa a pensar em aposentadoria. O que te estimula a continuar, ainda mais em uma área que não tem momento certo para parar?
Daniel - Na verdade, acho que penso em me aposentar desde o meu primeiro ano na profissão. Mas não no sentido de parar de trabalhar, e sim de poder dar um tempo de vez em quando. Acho que, de certa forma, a gente trabalha demais. Todo mundo trabalha demais, mas o artista precisa parar. Não adianta a gente fazer 500 cursos, porque o que nos dá material é a vida. O ócio do artista é sempre muito produtivo.

Pergunta - Então, o que te motiva a continuar na carreira?
Daniel - Acho que o artista não trabalha para ganhar dinheiro, como se diz. A gente trabalha porque esse é o único jeito, ou o melhor jeito, de falar com o mundo. Enquanto eu ainda estiver com interesse de me comunicar, e é preciso estar muito deprimido para desistir disso, é desse jeito que eu sei fazer. Esse é o meu jeito de dizer para o Cosmos "eu estou aqui". Ainda que o Cosmos responda, de vez em quando, "pô, mas é só isso?".

Pergunta - Um dos seus projetos é produzir e protagonizar "Macbeth". Por quê?
Daniel - Para mim, é talvez a melhor peça já escrita. De longe, é a melhor que eu conheço. "Hamlet" é uma peça mais completa em alguns aspectos e tem um protagonista melhor, mas "Macbeth" é desafiador. Eu sempre brinco: se ele é um personagem com o qual muitos grandes atores se deram mal, quem sabe eu, não sendo grande, consigo fazer bem?

(por Louise Araujo)




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