Comédia com casais trocados, "Toma Lá, Dá Cá" estréia nesta terça na Globo - 07/08/2007

07/08/2007 - 16h00
Comédia com casais trocados, "Toma Lá, Dá Cá" estréia nesta terça na Globo

Do PopTevê

Divulgação / TV Globo

Casais trocados que vivem em apartamentos vizinhos são personagens de Toma Lá, Dá Cá

Fotos FOTOS DE TOMA LÁ, DÁ CÁ
MARISA ORTH FALA DO NOVO HUMORÍSTICO TOMA LÁ, DÁ CÁ
ÍNTEGRA DO BATE-PAPO COM MARISA ORTH SOBRE TOMA LÁ, DÁ CÁ

Dois casais trocados, uma sogra assanhada, uma empregada careta e três filhos problemáticos: são esses os personagens que darão graça ao programa "Toma Lá, Dá Cá", "sitcom" da Globo que estréia nesta terça (7), após o "Casseta e Planeta".

Idealizado por Miguel Falabella e Maria Carmem Barbosa, o humorístico pretende retratar o dia-a-dia de duas famílias de classe média vizinhas, que têm mais em comum do que as dívidas no banco e as rotineiras desavenças familiares: são famílias formadas por casais "trocados".

"É uma comédia de confinamento, de pessoas que moram em casas separadas, mas estão sempre juntas. A convivência os enlouquece", define Falabella. Ao atuar ao lado de Marisa Orth e optar por abrir as gravações a um público convidado, o ator parece, de alguma forma, desejar reviver os tempos do extinto "Sai de Baixo".

Mas, frisa Mauro Mendonça Filho, o diretor geral do programa, a platéia só ri quando quer. "Ter o público nas gravações cria no ator um comprometimento com a piada. Ele se sente na obrigação de ser engraçado. Mas cada risada que conseguimos é totalmente espontânea", diz. "Não temos claques nem damos choque nas cadeiras para obrigar as pessoas a rirem", ironiza Falabella.

Divulgação
No 1º episódio, Diogo Vilela contracena com Otávio Augusto, que faz participação especial
Mário Jorge, personagem de Miguel Falabella, é um corretor de imóveis que já foi casado com a colega de profissão Rita, vivida por Marisa Orth. Em uma venda, os dois conheceram o então casal Arnaldo, interpretado por Diogo Vilela, e Celinha, de Adriana Esteves. Após uma breve troca de olhares, Mário apaixona-se por Celinha e Arnaldo por Rita.

E assim se formam as novas famílias que protagonizam o programa. Os casais, agora trocados, são vizinhos de porta e, por isso mesmo, vivem xeretando a vida do outro. "Tem sido difícil. Estamos descobrindo tudo junto e, de certa forma, contribuindo para implantar a 'sitcom' no Brasil", diz Adriana Esteves.

Para completar, Celinha levou sua mãe, Copélia, vivida por Arlete Salles, para morar em sua casa. Pior para Mário Jorge, que tem de aturar os desvarios da sogra a todo instante. "Ela é quase uma paquita. Acha que tem 40 anos a menos", diverte-se Arlete. Para completar o clã, o nerd Adônis, filho de Celinha e Arnaldo --interpretado por Daniel Torres--, só abre a boca para tratar de questões existenciais.

Do lado de lá do corredor, estão Rita e Arnaldo, que têm de administrar as loucuras da inconseqüente Isadora, papel de Fernanda Souza, e Tatalo, um adolescente alienado vivido por George Sauma. Ambos são frutos do antigo casamento de Rita. "São pais ruins, como vários que vemos hoje. Muitos filhos são delinqüentes, que moram dentro da nossa casa e a gente fala: 'ele está tão estranho!' Sem saber que ele guarda armas debaixo do sofá", pondera Marisa, cuja personagem divide com Celinha os serviços da diarista Bozena, interpretada por Alessandra Maestrini.

Mas o programa não se restringe em tratar apenas os recorrentes problemas de família. No texto, várias críticas citam os atuais problemas políticos, econômicos e sociais do país. "Vamos constatar e fazer piada de todas essas porcarias que vemos por aí", explica Roberto Talma, diretor de núcleo. Para Diogo Vilela, qualquer semelhança com o extinto "TV Pirata" não é mera coincidência. "Esse ponto de vista crítico me lembra muito a 'TV Pirata', embora estejamos fazendo uma coisa nova", compara.

(por Fabíola Tavernard)

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