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02/08/2007 - 18h19
"Heroes" encerra 1ª temporada nesta sexta e enfatiza o sentimento de exclusão

CÁSSIO STARLING CARLOS
Especial para o UOL

Divulgação

Niki (Ali Larter) briga comCandice ''em forma de Niki''

Niki (Ali Larter) briga com
Candice ''em forma de Niki''

Quando a NBC exibiu o piloto de "Heroes", a 25 de setembro do ano passado, os executivos da rede americana de TV deram pulos de alegria com os 14,3 milhões de espectadores (um aumento médio de 43% de audiência do canal no horário), número de largada que posicionava a produção entre as mais vistas nos EUA. Antes do meio da temporada, "Heroes" já alcançara o posto de série estreante com mais alta audiência.

Na velocidade dos bits, sites, blogs e comunidades dedicados à trama e aos personagens fizeram o fenômeno se alastrar. E o Brasil não ficou de fora da febre. Exibida no Brasil pelo Universal Channel --e já adquirida pela Record--, a série criada por Tim Kring, depois de roubar a liderança de "Lost" na sua estréia, chega nesta sexta (3) ao final da primeira temporada como o segundo seriado mais visto da TV por assinatura, segundo dados do Ibope. Tanto sucesso garantiu uma nova temporada para a produção e um spin-off, "Heroes: Origins", composto por seis episódios, ambos inéditos nos EUA.

No rastro de "Lost", a mistura de drama, ação e aventura fantástica que constituem o núcleo da trama de "Heroes" renovou o oxigênio dos seriados, até pouco tempo dominado pelo humor cotidiano das sitcoms e pelos dramas de perfil realista. Com tanta gente dotada de superpoderes, a série também atraiu o público fiel das produções sobre personagens paranormais que proliferam na TV, como "Ghost Whisperer", "Medium", "The Dead Zone" e "Psych".

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Os irmãos Peter (Milo Ventimiglia)
e Nathan Petrelli (Adrian Pasdar)

Mas o principal segredo da eficácia de "Heroes" está no modo humanizado como explora a anormalidade. Como enfatiza desde o título, os heróis aqui não são super-heróis, pois não são imbatíveis. Há desde a adolescente líder de torcida até o nerd japonês, passando pela mãe em apuros com uma criança pequena e o policial frustrado. Pois o que "Heroes" enfatiza não é tanto o superpoder, mas o sentimento de diferença, de exclusão, de fora do padrão que define a psicologia de seus personagens.

Por outro lado a série concentra a ação na constante ameaça do sinistro Sylar, uma espécie de serial-killer que caça e elimina as pessoas com poderes e rouba delas suas habilidades, fortalecendo-se ao longo da temporada como um super-herói do mal. A mistura de influências de HQ também deu mais gás à receita, numa versão para a TV da bem-sucedida tendência de adaptações para o cinema de "Homem-Aranha", "X-Men" e "Quarteto Fantástico", carregada do mesmo modo de ótimos efeitos visuais.

Mas por trás de toda a parafernália fantástica, "Heroes" mantém um pé fincado na tradição realista dos seriados americanos. De um lado, abundam comentários à política --no personagem do candidato Nathan Petrelli--, e o fantasma permanente do 11 de Setembro aparece redesenhado sob a forma de apocalipse nuclear sobre Nova York. De outro, a série faz comentários agudos sobre a família, seus modos de relação, suas crises e as dificuldades afetivas da qual ninguém escapa na experiência universal de vida coletiva. Todos os personagens lidam com problemas, seja no lugar de pais, seja no de filhos.

Ao fazer essa aproximação com a vida real, os extraordinários heróis de "Heroes" tornam-se gente como a gente, pessoas normais que se sentem anormais quase o tempo todo. É um modo de dizer que não é preciso ter superpoderes para se sentir diferente.



HEROES - FINAL DA PRIMEIRA TEMPORADA
Onde: Universal Channel
Quando: 3 de agosto
Horário: 21h
Reprises: sextas, às 20h e a 1h e sábado, às 20h


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Cássio Starling Carlos é crítico da "Folha de S. Paulo" e autor de "Em Tempo Real - Lost, 24 Horas, Sex and the City e o Impacto das Novas Séries de TV" (Ed. Alameda)



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