| 26/07/2007 - 20h38 "Sou um guloso; sou até meio insaciável", diz Gianecchini; leia entrevista com o ator Do PopTevê Divulgação / TV Globo Gianecchini como o bondoso taxista Dante, da novela Sete Pecados | No início de "Sete Pecados", o espectador poderia imaginar que veria Reynaldo Gianecchini encarnar mais um tradicional bom moço em sua carreira. O caminho de Dante, no entanto, está prestes a dar uma guinada: ele cometerá os sete pecados capitais após ser seduzido por Beatriz (Priscila Fantin). A mudança faz dele um "mocinho especial", diz Gianecchini. "A diferença desse papel é que de mocinho ele vai se transformando em um homem sem princípios", conta o ator
Para viver o taxista, que a princípio é um homem generoso e apaixonado pela família, Gianecchini conta que procurou resgatar memórias de sua infância em Birigüi, interior de São Paulo. "No interior, as pessoas são mais puras, não têm malícia. Procurei trazer esse meu lado ingênuo para o personagem", diz o bonitão, que mudou-se para São Paulo aos 17 anos para cursar Direito.
No processo de composição de Dante, o que mais preocupou Gianecchini foi criar um mocinho verossímil, ou seja, não só com qualidades, mas também com defeitos. "Ser crível é mostrar também o lado 'sujinho' das pessoas. Porque todo mundo solta um palavrão ou se irrita de vez em quando", afirma.
Divulgação/TV Globo Dante será seduzido por Beatriz e cometerá os sete pecados capitais | Atualmente, o personagem de Gianecchini tem cedido à gula na trama de Walcyr Carrasco. Mas o pecado tem um sentido mais amplo, de apego às coisas materiais. Apesar de ter um casamento feliz e uma situação financeira estável, Dante está querendo ter mais e mais. Principalmente por ser casado com uma mulher ambiciosa e por ter uma sogra --Agripina, interpretada por Suely Franco0- que adora censurá-lo e criticá-lo. "Ele não fica satisfeito com aquilo que possui", diz.
Gianecchini conta que no decorrer da trama enfrentará situações em que seu personagem terá de fazer escolhas que poderão melhorar ou piorar a sua vida. "A discussão fundamental da novela é até que ponto uma pessoa usa o livre arbítrio para tomar decisões na vida", explica. Com um jeito calmo, o ator de 34 anos assegura que para incorporar o "paizão" de família busca exteriorizar o que há de melhor em sua personalidade. "Para trazer verdade para o personagem, tive de buscar informações dentro de mim. Porque não dá para inventar muito", avalia o artista. Ele compara Dante com o Pascoal, o borracheiro que interpretou em "Belíssima". "O Pascoal era um personagem mais de composição, por isso carregava nas tintas. Com o Dante acontece o contrário", analisa.
Assim como seu personagem, Gianecchini admite que também peca. "Sou um guloso. Como demais. Sou até meio insaciável", diverte-se. O ator acredita que a vida certinha, sem pecado, se torna muito chata. "Mas tento controlar os meus pecados quando estão passando dos limites e me fazendo mal", salienta.
Em sua sexta novela na Globo, Gianecchini não parece nada preocupado com o inevitável rótulo de galã. Pelo contrário. Tranqüilo, ele diz que hoje aprendeu a valorizar o que conseguiu alcançar na carreira. "Já não me magôo mais com as críticas porque hoje consigo observar os meus acertos. Virei um cara mais 'cascudo' para a vida", conclui, aos risos.
(por Carla Neves) - Mais
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