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18/07/2007 - 10h53
Nova série "Studio 60", com Matthew Perry, mostra bastidores da TV

CÁSSIO STARLING CARLOS
Especial para o UOL

QUEM É QUEM
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Matt Albie: Brilhante roteirista que retorna à produção de "Studio 60", programa onde começou sua carreira, para enfrentar uma equipe rebelde, um executivo intolerante e a paixão mal resolvida pela colega Harriet. No papel, Matthew Perry faz esquecer rapidamente as infantilidades de seu Chandler de "Friends", com um desempenho que acentua as características de gênio mimado do personagem.
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Danny Tripp: Produtor e parceiro de Matt, o personagem em crise depois de um problema profissional provocado por um antigo vício em cocaína dá a Bradley Whitford, o Josh Lyman de "The West Wing", outra excelente oportunidade, com suas nuances de autoritarismo, humanismo e rebeldia contra a lógica do poder.
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Jordan McDeere: A diretora de programação assume o cargo para enfrentar outro executivo, com idéias de qualidade que fogem ao padrão. Com sua inteligência e falas cheias de ironias, representa o aspecto renovador da TV de qualidade. A bela Amanda Peet sobrevive bem ao desafio e ainda enche de elegância suas cenas.
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Jack Rudolph: Steven Weber faz o executivo linha-dura que ocupa o papel de antípoda de Jordan com seus ideais de submissão da TV a regras estritamente comerciais.
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Harriet Hayes: A charmosa Sarah Paulson, vista em "Deadwood", ganhou o papel da atriz de esquetes de "Studio 60" e também de musa e antiga paixão de Matt, ao lado de quem forma par romântico na linha "te amo e te odeio".
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Wilson White: O veteraníssimo Edward Asner atua como o presidente da emissora, em aparições ocasionais, num papel que evoca o vivido pelo ator como o protagonista de "Lou Grant", importante série do fim dos anos 70 sobre o mundo do trabalho.
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AO FILME REDE DE INTRIGAS
Com a estréia nesta quarta (18), na Warner Channel, da primeira temporada de "Studio 60 on the Sunset Strip" o espectador brasileiro pode acompanhar mais uma etapa na evolução consistente da produção de séries de TV nos EUA. Criada por Aaron Sorkin, o nome por trás de "The West Wing", "Studio 60" parte do mesmo princípio - um mergulho nos bastidores, desta vez transferido para a outra zona de imenso poder no mundo contemporâneo - a indústria do espetáculo.

A série tem como foco a produção semanal de um programa ao vivo de esquetes de humor, semelhante ao "Saturday Night Live". Após uma crise, Matt e Danny, uma dupla de produtor e roteirista que havia trabalhado no início do programa, são convidados a retornar e tentar tirar o show do buraco. Em torno deles gravitam os integrantes do elenco e antigos roteiristas, com suas complicadas relações afetivas e disputas de ego, e os executivos da emissora, cujos confrontos representam ideais opostos de uma TV interessada apenas em ambições comerciais contra as pretensões de oferecer entretenimento inteligente.

Para mover essa teia e evitar o risco de um drama que agradaria apenas um público elitista, Aaron Sorkin roubou dele mesmo uma solução de dramaturgia já testada com enorme eficácia em "The West Wing". As cenas de "Studio 60" comportam inúmeras situações de "walk and talk", aquelas em que os personagens conversam ou discutem caminhando por corredores, enquanto a câmera os acompanha vertiginosamente, atravessa os espaços ou é interrompida por outros personagens em movimento e passa a segui-los. Esta solução impõe, além de ritmo e dinâmica nas cenas, uma variedade aos diálogos, que deixam de se restringir a duelos verbais em salas de reunião.

Tal como em "West Wing" em que a redação do discurso presidencial servia como mola dramática, aqui é o roteiro do show que ocupa essa função, com um relógio digital marcando os dias, horas e segundos que faltam para a atração ir ao ar.

"Studio 60", contudo, não se resume a uma variação de ambiente de achados da série anterior de Sorkin. Ao se transferir para outra cena, o que Sorkin busca é traduzir para o público o funcionamento de uma engrenagem de poder tão ou até mais poderosa do que aquele gestado nos corredores da Casa Branca.

É a TV, com suas discrepâncias culturais, sua luta feroz por audiência, sua relação ambígua com anunciantes e exibidores que ganha o lugar de verdadeiro protagonista. Com isso, a série se lança numa carreira de risco, pois como fazer ao mesmo tempo um produto de entretenimento e nele desenvolver críticas negativas à própria produção sem cair em discurso metalingüístico capaz de agradar apenas a intelectuais?
É na dosagem equilibrada entre dramas humanos e conflitos artísticos e empresariais que "Studio 60" alcança um patamar tão sofisticado.

Sob a forma de entretenimento, Sorkin e sua equipe de roteiristas vencem o desafio de manter o espectador interessado em acompanhar histórias humanas e por meio delas saber como funciona a manipulação de platéias.

Neste jogo difícil, tanto o público quanto a TV saem ganhando.

STUDIO 60 ON THE SUNSET STRIP
Onde: Warner
Quando: quartas
Horário: às 20
Horário Alternativo: domingos, às 21h


Cássio Starling Carlos é crítico da "Folha de S. Paulo" e autor de "Em Tempo Real - Lost, 24 Horas, Sex and the City e o Impacto das Novas Séries de TV" (Ed. Alameda)



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