Luciano Szafir fala do sucesso do incorruptível promotor Leonardo, de "Vidas Opostas" - 05/07/2007

05/07/2007 - 13h30
Luciano Szafir fala do sucesso do incorruptível promotor Leonardo, de "Vidas Opostas"

Do PopTevê

Pedro Paulo Figueiredo/CZN

Szafir faz sucesso com o promotor Leonardo de Vidas Opostas

Luciano Szafir não teve de recorrer a laboratórios para compor o irrepreensível promotor Leonardo de "Vidas Opostas", da Record. Nascido e criado em uma família de advogados, juízes e promotores, o ator já estava familiarizado com o dia-a-dia dos Tribunais de Justiça do país.

"Minha família é toda ligada à Justiça de uma maneira ou de outra. Tenho uma irmã criminalista que está entre as melhores do país", orgulha-se. Mas Szafir admite que no início da trama teve bastante dificuldade para assimilar algumas expressões usadas na Justiça. "Por mais que minha família seja do meio, nosso bate-papo em casa é coloquial. Não usamos termos jurídicos", conta.

A dificuldade inicial com o jargão, contudo, logo foi superada e hoje, a menos de dois meses de a trama de Marcilio Moraes terminar, o ator admite que está até triste por ter de abandonar a rotina do promotor de Justiça. "Tudo que é bom dura pouco para ter gostinho de 'quero mais'", diverte-se o ator, que estava sem fazer novelas desde a fracassada "Metamorphoses", também da Record. Leia abaixo entrevista com o ator.

Em "Vidas Opostas", você encarna um promotor de Justiça incorruptível, que vive enfrentando um bando de policiais corruptos. Você tem sentido a repercussão do Leonardo nas ruas?
Luciano Szafir - Em todo lugar que eu vou me chamam de promotor. Não só pelo fato de o pessoal estar gostando do personagem, mas por estar adorando os "bad boys" --o delegado Nogueira e o Jacson. Vira-e-mexe o público me aborda nas ruas e pergunta: "E aí? Quando é que você vai botar o Jacson na cadeia?", "Vem cá, e aquele safado do Nogueira?", "Pô, promotor, vamos correr atrás!". E eu falo: "Calma gente! Eu não posso prender todo mundo em uma semana, senão acaba a novela". (risos)

Faz dez anos que estreou como ator em "Anjo Mau", da Globo, pela qual você foi duramente criticado. Você se cobra muito em relação ao seu desempenho como ator?
LS - No dia em que eu parar de me cobrar vai estar na hora de mudar de profissão. Acho que a gente tem de estar sempre se cobrando e procurando melhorar. A profissão de ator exige estudo o tempo inteiro. No início da carreira, batia aquele desespero. Hoje, vejo com outros olhos. Analiso onde errei, onde posso melhorar, o que está bom e o que não está.

Então hoje você lida melhor com as críticas?
LS - Sempre lidei muito bem com as críticas. Não desmereço crítico. Existe uma rixa muito grande entre atores e críticos. Porque existem críticos e críticos. Então vejo de quem é a crítica e, dependendo de quem for, dou ouvidos. Porque têm muitos que só criticam, mas não falam o que está ruim. Esses não merecem respeito. Quando o sujeito critica com base, tudo bem. Mas, é claro, leio, escuto e, se concordar, ótimo. Se eu não concordar... Nada me deixa muito para baixo. O mais importante é o sucesso ou o fracasso do personagem com o público.

Você já tem projetos para depois da novela?
LS - Acho fundamental o ator dar uma parada até para o público sentir um pouco de saudade. Não acho certo se despedir de um personagem e já encarar uma novela no mês seguinte. Faço um projeto de cada vez. No dia que a novela acabar, vou pegar todos os projetos que tenho em cima da mesa --que não são poucos-- e analisar. Há vários convites para cinema e teatro, mas ainda não defini nada.

(por Carla Neves)

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