| 28/04/2007 - 16h50 Roberto 'Chaves' Bolaños lança seu livro "Foi sem querer querendo" Por César Sabogal Jose Miguel Gomez/Reuters Bolaños e criança fantasiada como o personagem Chaves no lançamento do livro | BOGOTÁ, 28 abr 2007 (AFP) - O comediante mexicano Roberto Gómez Bolaños, mais conhecido no Brasil e em toda a América Latina como o personagem Chaves, lançou neste sábado seu livro 'Foi sem querer querendo' na Feira do Livro de Bogotá.
O ator, que também vive o desastrado super-herói Chapolim Colorado, declarou que apenas a sensual cantora colombiana Shakira o faria terminar com o casamento de mais de 30 anos com a atriz Florinda Meza, que interpreta a Dona Florinda no longevo seriado televisivo infanto-juvenil.
"Sou um homem feliz. Encontrei em Florinda minha companheira ideal. Estamos casados há 30 anos e temos uma união sólida, que só vai acabar com a morte... ou por causa da Shakira", brincou o ator, que acaba de completar 78 anos.
Bolaños disse ainda acreditar que o sucesso de quase três gerações de seu personagem se deva ao fato de que seus programas sempre promoveram valores éticos e de amizade.
"Nunca debochamos dos defeitos físicos das pessoas, nem de suas crenças. É incrível que hoje se pense que os valores são coisas antiquadas e do passado", afirmou o ator, cuja presença agitou a capital colombiana.
"Mentira, acho que o Chapolim Colorado já debochou do Hitler, mas acho que, talvez, isso tenha sido bem merecido", ressaltou.
Em todas as entrevistas, as respostas de Bolaños são quase todas complementadas por sua esposa. "Ouço pouco com este ouvido e com este não ouço nada. Ela é meu ouvido de aluguel", explicou.
Ao falar de seu livro, Bolaños se entusiasma. "A mensagem de fundo que meu livro deixa é que o mais importante na vida não é puxar o saco de todo mundo e sim ser claro, falar a verdade e promover sempre os valores. A fama é algo secundário, o principal é ser honesto consigo mesmo e tentar fazer o bem".
'Dona Florinda' intervém de imediato. "Ele tem um problema que é o excesso de humildade. A verdade é que esse é um livro belíssimo, de como uma pessoa comum se transforma, com grande esforço e uma qualidade impressionante, numa das pessoas mais queridas da Ibero-América", explica.
"De minha infância conservo a estatura", volta a brincar Bolaños, que se declara feliz por estar na capital colombiana, uma cidade invejada pelo resto do continente.
"Sinto inveja de muitas coisas que existem em Bogotá. Os colombianos lêem mais do que os mexicanos, por exemplo. Além disso, a infra-estrutura dessa cidade e os esforços para colocá-la a serviço dos cidadãos não existem na capital do México. Eu não falo mal de minha cidade, mas é preciso ter consciência disso". | | |