Por Jill Serjeant
LOS ANGELES (Reuters) - Elas já cantaram e rebolaram até chegar ao topo, e na noite de terça-feira a banda sensual The Pussycat Dolls mergulhou no mundo da TV realidade para procurar uma nova integrante e, de quebra, promover a "girl power."
"The Search for the Next Pussycat Doll" (A busca pela nova Pussycat Doll), reality show em oito episódios transmitido pela rede CW, oferece a uma candidata a cantora e dançarina a chance de ingressar num dos grupos mais comentados dos últimos meses.
Conhecidas principalmente pelo refrão "Don't cha wish your girlfriend was hot like me?" (você não gostaria que sua namorada fosse gostosa como eu?), de seu primeiro single de sucesso, as seis Dolls pouco vestidas começaram como trupe de dança exótica num clube de Los Angeles e já tiveram dez músicas entre as Top 10 em 14 países.
O programa de TV acompanha os percalços de nove finalistas que vão aprender números de dança com pares masculinos, serão ensinadas a se vestir de maneira sexy e terão treinamento vocal. A vencedora será escolhida pelos três jurados do show.
Mas os produtores do programa dizem que seu objetivo é maior do que apenas identificar a melhor cantora e dançarina que irá entrar para o grupo.
Em entrevista à TV Guide, a fundadora e coreógrafa do grupo, Robin Antin, disse: "O que está em jogo é todo um pacote de autoconfiança, é a capacidade de crescer e aprender."
"Este programa é sobre isso: ensinar às mulheres como encontrar sua Doll interior e compreender o que significa controlar sua própria confiança e sexualidade."
Dawn Ostroff, presidente de entretenimento da rede CW, disse que o reality show diz respeito "a mulheres conseguindo seu próprio poder, sua autodescoberta e transformação pessoal."
Mas alguns críticos de TV não têm falado do programa com tanta benevolência. O The Hollywood Reporter diz que o seriado diz respeito "mais a vender sexo do que vender autoconfiança."
O Desert News, de Utah, qualificou o programa de "tolo e vulgar" e exortou aos pais que não deixem suas filhas adolescentes e pré-adolescentes assistir a ele.
Enquanto isso, uma discussão acontece em murais de mensagens da CW na Internet, entre internautas que citam 100 razões para assistir ao programa e 100 razões para não fazê-lo.
"Eu vou assistir", escreveu Bhabs10. "Se você é gostosa, tem que mostrar isso, e as pessoas que odeiam essas garotas não as conhecem. Por isso, não as julgue, dizendo que são vadias, prostitutas ou não sei o quê mais."