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29/12/2006 - 18h35
Minissérie da Globo se embrenha na Amazônia para contar a história do Acre

do PopTevê

Divulgação TV Globo

José Wilker como Galvez, protagonista da primeira fase da minissérie

José Wilker como Galvez, protagonista da primeira fase da minissérie

Não é força de expressão. O Acre é realmente a última fronteira do Brasil. Somente na virada do Século XIX para o Século XX, deixou de pertencer à Bolívia para virar território brasileiro. E é nesse ponto que a minissérie "Amazônia, de Galvez a Chico Mendes" começa.

É uma história longínqua para a maioria dos brasileiros mesmo em termos geográficos: quando a trama da acreana Glória Perez começar a ser desenrolada, às 22 horas da noite de 2 de janeiro, no Acre serão ainda 19 horas. Foi por conhecer a fundo essas diferenças que a autora acalentou durante anos a vontade de contar a história de sua terra.

Glória nasceu e cresceu ouvindo falar das lendas da floresta, do áureo ciclo da borracha e do heroísmo dos que lutaram para que a região fizesse parte do Brasil. "Quero apresentar o Acre ao Brasil e levantar a discussão sobre o destino da floresta. A TV não tem o poder de mudar a realidade, mas pode e deve disseminar a informação", justifica Glória.

Tempo para contar todas as histórias a autora terá. A trama escrita em 55 capítulos mistura personagens fictícios e heróis quase desconhecidos --alguns citados apenas nos livros escolares. Entre eles, Luiz Galvez, jornalista espanhol que disseminou entre os poderosos governantes brasileiros a idéia de que o Acre poderia voltar a pertencer ao território nacional, deixando de ser propriedade da vizinha Bolívia. "Ele era um homem à frente do seu tempo. Tinha idéias revolucionárias e trabalhou como pôde para isso", observa José Wilker, que descreve Galvez de forma bem semelhante à que usou para falar de Juscelino Kubitschek, seu personagem anterior.

Divulgação TV Globo

Divulgação TV Globo

Vera Fisher vive a cortesã Lola, uma das amantes de Galvez

Pelo que contam os livros, Galvez tinha lá suas artimanhas para conquistar aliados e derrotar inimigos. A face sedutora do espanhol estará presente na minissérie. Pelo menos três mulheres passarão pela sua vida. A vingativa Beatriz, interpretada por Débora Bloch, a cortesã Lola, personagem de Vera Fischer, e a dançarina Maria Alonso, papel Christiane Torloni. É esta última que fisga o coração irrequieto do herói. "Ele não é homem de uma mulher só e faz o que bem entende com elas", adianta Vera, que vive uma espécie de "Mata Hari". "Ela dorme com vários homens só para dar informações a Galvez", conta.

Galvez é bem-sucedido em seus planos de tornar o Acre independente, mas suas idéias muito liberais acabam por tornar os seringalistas seus algozes mais ferrenhos. "Eles tinham seus interesses. Como arcaram com o desenvolvimento da terra, não querem perdê-la. E Galvez acaba sendo uma ameaça", argumenta José de Abreu, que interpreta o latifundiário Coronel Firmino, responsável por grande parte da extração de látex na região. "Ele não chega a ser vilão, mas não permite que algo saia do seu controle", explica.

É com base nos interesses de seringalistas e de todos aqueles que querem ver os bolivianos pelas costas é que o militar Plácido de Castro ganha força. Vivido por Alexandre Borges, Plácido torna-se o líder da rebelião e vira um mito para os acreanos quando finalmente assume o controle do estado. Como Galvez, também ameaça os poderosos e é assassinado numa emboscada. "Pesquisei a fundo e fiz um trabalho de composição grande para dar a ele o vigor necessário", conta Alexandre.

O passado funde-se à história mais recente quando aparece em cena, na segunda fase da minissérie, Chico Mendes ainda criança, por volta de 1950. Após essa passagem, o seringalista reaparece na pele de Cássio Gabus Mendes para revelar à comunidade internacional os perigos que a Floresta Amazônica corre ainda hoje de virar um grande pasto estéril. Por fazer estes alertas, Chico acaba também se tornando um risco para os poderosos, principalmente os donos de madeireiras, e é assassinado, como exatamente os outros dois heróis do Acre. "Estou louco para gravar no Acre, conhecer os moradores, ter mais contato com essa história que a gente só conhece dos jornais", entusiasma-se Cássio.

Em meio a tanto conflitos, belas paisagens, lendas singelas e romance tórridos. Como a história da pobre e bela Delzuíte (Giovanna Antonelli) e do rico Tavinho (Paulo Nigro). "O sonho dela é sair dali, onde só viveu desgraças", conta Giovanna, que na ficção se verá "mãe do filho do boto". "Convivi com muitas mulheres e mães de filhos do boto. É importante levar nossa cultura a outros cantos do país", defende Glória.


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