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12/10/2006 - 20h27
Cotidiano da favela será tema de novela da Record

Do PopTevê

Pedro Paulo Figueiredo/CZN

Atores interpretam traficantes cariocas em Vidas Opostas

Atores interpretam traficantes cariocas em Vidas Opostas

Um dia de calor, sol a pino. Numa favela carioca, um bando de homens fortemente armados se prepara para invadir o morro e se confrontar com a facção rival. Tiros a esmo, carros em alta velocidade, gente gritando. A cena típica dos noticiários policiais, vai se incorporar por pelo menos oito meses ao coitidiano do público da Record. Em "Vidas Opostas", a próxima novela das oito da emissora, com estréia prevista para novembro, uma espécie de "a vida como ela é" vai ser o tema principal da trama de Marcílio Moraes.

A dura realidade das comunidades carentes das grandes cidades será temperada por romances impossíveis, humor e até belas paisagens de Portugal. "Queremos mostrar o contraste. Teremos muito luxo, mas não vamos encobrir a pobreza, a violência, que são reais", explica Alexandre Avancini, diretor geral da produção, prestes a gravar uma das primeiras cenas da novela na comunidade Tavares Bastos, na Zona Sul do Rio.

A favela é uma das poucas do Rio a ter se livrado do tráfico, depois que a polícia instalou ali um batalhão. Por isso, foi escolhida pela produção para servir de "cidade cenográfica" de um dos principais núcleos da trama. "Ganhamos muito em ter esse espaço para trabalhar. Construir uma favela nos mesmos moldes seria mais trabalhoso e não teria o mesmo impacto visual", justifica Claudio Araújo, produtor da novela.

É no fictício "Bairro Torto" que se passam várias seqüências da história de "Vidas Opostas". Em meio às vielas estreitas, vive Joana - cuja intérprete, à época da reportagem, ainda não havia sido definida. A líder comunitária é formada em Turismo e tem voz ativa no morro. Sua vida dá uma guinada quando conhece Miguel, herdeiro de um complexo hoteleiro e um gênio da matemática.

A origem da moça, no entanto, lhe faz cobranças quando seu ex-namorado Jeferson, interpretado por Ângelo Paes Leme, entra no crime, é preso e volta à favela para acertar as contas. Enquanto ele está na cadeia, o morro é dominado pela dupla Sovaco e Pavio, feitos respectivamente por Leandro Firmino e Phelipe Hagensen. Menos "violentos" que o antecessor e o irmão Jakson, interpretado por um quase irreconhecível Heitor Martinez, os dois comandam o tráfico na área, mas também fazem às vezes de "líder comunitário".

"Ele tem uma boa relação com a comunidade, é ligado ao samba e dá provas de que pode se regenerar", adianta Leandro, que está acostumado a empunhar armas desde a estréia no longa "Cidade de Deus", de Fernando Meirelles. "Estou fazendo ioga para ter pique e concentração. As cenas são de muita adrenalina", conta.

Phelipe ainda não procurou uma forma "alternativa" de se desprender do personagem. Da dupla de bandidos, ele faz o mais esquentado. "O Pavio é aquele típico criminoso que não tem nada a perder. É mais um destes que têm vida muito curta", compara ele, que também esteve no filme de Meirelles e, assim como Leandro, cresceu numa favela. "É importante mostrar o que se passa no dia-a-dia dessas comunidades. Ninguém vira bandido porque quer. Faltam oportunidades", discursa.

Nem só de tiros, porém, vai viver a comunidade do Torto. "A gente vai enfocar também a parte artística das favelas. Quantos projetos bacanas estão aí para provar que é possível manter a dignidade das pessoas? Temos de olhar para a favela sem preconceitos", teoriza Avancini.

O que se vê nas primeiras cenas, no entanto, não mostra muito esse "lado artístico" da favela. O set reuniu cerca de 300 pessoas entre atores, figuração, dublês e equipe de efeitos especiais. Para dar veracidade à "guerrilha", 50 armas foram providenciadas. Entre elas, fuzis e metralhadoras. "É uma loucura pensar que tem criança que segura uma arma dessas o dia inteiro", constata Heitor Martinez.

Para que nenhum acidente aconteça durante as gravações, uma espécie de trava é colocada em cada arma de fogo que é carregada com balas de festim. Além de bandidos e policiais - corruptos ou não -, a novela ainda terá um núcleo de jornalistas, que cobrirá os fatos do morro. "Também sou jornalista e sei o quanto ralam os coleguinhas que cobrem essa parte. É através deles que daremos mais voz ao morro", justifica o diretor.

(Carolina Marques)




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