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04/05/2006 - 18h29
Novas câmeras exigiram mudanças nos figurinos de "Sinhá Moça"

Do PopTevê


Em outubro de 2005, a figurinista Helena Gastal iniciou uma extensa pesquisa em livros, enciclopédias, filmes e pinturas. A partir daí, algumas reuniões, rápidas decisões e muitas mudanças. Qualquer informação que remetesse ao século 19 foi amplamente utilizada para vestir o elenco de "Sinhá Moça", desde o vestuário mais simples da senzala até os suntuosos guarda-roupas da nobreza.

Ou seja: um perfeito retrato da trama, que trata do embate entre os poderosos fazendeiros contra a nascente mentalidade abolicionista. "Precisávamos de muita informação, já que o período tem muitas particularidades, em termos de cores e até de cortes nas roupas", explica Helena.

Só então a equipe de figurinistas da produção - composta de 40 profissionais, entre costureiras, bordadeiras, alfaiates, sapateiros, entre outros - começou a produzir as peças.

Imprevisto

Mas logo nas primeiras cenas foi detectado um problema: as cores no vídeo ficaram diferentes do previsto. A idéia era reproduzir cores das pinturas da época, mas o tratamento de imagem dado pela equipe técnica, que utiliza câmeras de alta definição, mudou tons e texturas. A partir daí, foi preciso repensar os figurinos de sinhás e escravos.

"No início, achamos que o 'colorido' ia ficar perfeito, mas depois tivemos de mudar. Para se ter uma idéia, já é a terceira mudança que fazemos só na roupa de escravos", justifica a figurinista assistente, Natalia Stepanenko.

Ao contrário do que pode parecer, as aparentemente desleixadas vestimentas dos escravos são tão trabalhosas quanto estampas, bordados, rendas, espartilhos e anáguas armadas, criadas com referências européias, usadas pelas senhorinhas.

É claro que não se pode desprezar o fato de um vestido "básico" requerer cerca de 20 metros de aviamento. Mas os trajes dos trabalhadores das lavouras são feitos de fibra natural, passando posteriormente por um cuidadoso processo de tingimento e envelhecimento até assumir a textura e o caimento necessários. "Parece simples, mas não é", diz Zezé Motta, que vive a mucama Bá.

Para os atores que compõem o núcleo dos escravos, a única maquiagem proposta é a de ferimentos. Já nos salões dos ricos, a coisa muda de figura. A pintura é suave, quase imperceptível, e a feminilidade fica por conta dos coques, tranças e apliques adotados pelas atrizes, como Débora Falabella, que protagoniza a trama.

"O figurino agrega, ajuda o ator a compor o personagem. E há sempre dois estilos: o mais rebuscado e o mais simples, quando a sinhá está em casa", avalia.

Vestidos de toalha

Sem contar com o tal padrão seguido pelo guarda-roupa da trama, que é composto por cerca de 400 montagens femininas e 1.500 masculinas - considerando-se que "Sinhá Moça" tem mais homens que mulheres -, a trama traz particularidades como vestidos feitos a partir de toalhas de mesa.

A atriz Patrícia Pillar, que vira e mexe aparece com a raridade, aprovou a idéia. "Quando soube como foi feito, achei incrível. E uso jeans diariamente. É ótimo vestir coisas inusitadas", diz.

"Percebo que as roupas fazem com que meu tipo físico seja muito bem-aproveitado. Aliado a isso, deixei crescer o bigode e a costeleta que, ao contrário do cabelo, crescem rápido", diz Osmar Prado, intérprete do sisudo Barão de Araruna.

(Fabíola Tavernard)



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