 |  07/10/2005 - 14h00 "Hoje é Dia de Maria": Saiba como será a 2ª temporada da série Da Redação  Corrupção entre os poderosos, exploração do trabalho infantil, desigualdade social e miséria, subjugação da condição feminina, opressão do consumo, descarte do ser humano e falência dos sonhos serão alguns dos temas abordados pela segunda temporada da microssérie "Hoje é Dia de Maria", que estréia nesta terça-feira (11) após o "Casseta & Planeta Urgente".
Mesmo com um elenco pequeno (cerca de 25 atores em cena) e cenários e figurinos feitos a partir de material reciclado (leia mais), "Hoje é Dia de Maria" volta à tela da Globo com os mesmos ares de superprodução épica e com uma proposta ousada: a narrativa musical.
Os novos desafios da curiosa Maria (Carolina Oliveira), que desta vez vai se embrenhar na cidade grande, serão cantados pelos atores em cerca de 50 músicas compostas originalmente para a série. "Nesta segunda jornada, o universo musical ampliou-se muito e o canto passou a ocupar um papel preponderante", explica o maestro Tim Rescala, autor das canções, que foram escritas por Luiz Fernando Carvalho (diretor do programa) em parceria com o escritor Luís Alberto de Abreu.
Veja a seguir a sinopse dos quatro episódios de "Hoje é Dia de Maria 2", que terá ao todo cinco capítulos. A microssérie termina no sábado (15):
| Divulgação |  | | Jornada de Maria começa no mar |
MARIA É LEVADA PELO MAR (terça-feira, 11):
Hipnotizada pela imensidão do mar, Maria (Carolina Oliveira) se deixa levar pelas águas que a chamam numa canção envolvente. O vai-e-vem das ondas arrasta para o fundo a chavinha dada por sua Mãe (Juliana Carneiro da Cunha) e conduz a menina a suas primeiras lembranças.
Ao sabor das marés, a pequena é jogada na areia de uma praia desconhecida. Assustada, Maria se põe a caminhar e pede ajuda a uma mulher (Rosa Marya Colin) que lava roupa na beira de um rio. Sorridente, ela conforta a menina e a encoraja a continuar seu caminho, pois não há força que enfraqueça o que está por vir. Apesar de não saber que a Lavadeira é, na verdade, Nossa Senhora Aparecida, sente uma forte alegria e segue.
Logo adiante, Maria se surpreende com uma dupla inusitada: um Pato (Rodolfo Vaz) frustrado e uma Cabeça (Fernanda Montenegro) invejosa que só sabem discutir. Enquanto a ave insiste em tentar voar, a Cabeça - que sem corpo está fadada à imobilidade - zomba dos inúmeros tombos do Pato, que sempre acaba estatelado no chão. Quando percebem a menina, os dois dão uma trégua para ajudá-la e se põem a cantar.
Mas não demora muito, um cheiro estranho invade o ar e Cabeça alerta que é o bafo do Gigante. Quando nada ainda existia nesse mundo, um gigante poderoso dormiu e sonhou: com o rio, com a mata e até com as pessoas. O perigo? Fim do sonho, fim do mundo. As explicações de Cabeça ainda latejavam nos pensamentos de Maria, quando o cortejo da morte avançou a estrada, obrigando os três a se esconderem.
Passado o susto, os amigos caminham por aquela terra misteriosa e logo se deparam com a Parca (Denise Assunção). Enquanto pedala uma roda de fiar, ela oferece à Maria a oportunidade de conhecer o tamanho do fio de sua vida. Sem titubear, a menina dispensa e afirma que só quer saber onde mora o Gigante. Com uma risada macabra, a Parca indica o caminho.
| Divulgação |  | | Maria carrega Cabeça |
GIGANTE ENGOLE MARIA (quarta-feira, 12):
Convencida de que está perdida por causa do sonho do Gigante, Maria decide acordá-lo. Antes que o Pato e a Cabeça possam detê-la, a menina escala seu corpo, tentando chamar a atenção. Determinada, passeia por seu rosto e acaba engolida pela enorme boca da criatura.
Sem entender o que aconteceu, Maria está mergulhada em lixo. Em meio à fumaça e à escuridão, ela reconhece alguém que lhe sorri: a menina Carvoeira (Laura Lobo). A amiga logo explica que aquele é o local onde fica tudo que a cidade joga fora, inclusive as pessoas. Ingênua, Maria conclui que o Gigante está tendo um pesadelo, mas a Carvoeira alerta que não: esta é a realidade do mundo.
Com carinho, a Carvoeira oferece o objeto mais lindo que encontrou no monturo: um binóculo muito antigo, de onde se vê uma cidade. Maria tem a sensação de já tê-lo visto e segue atraída pelas luzes.
| Divulgação |  | | Maria conhece Asmodeu Cartola |
MARIA ENFRENTA A CIDADE (quinta-feira, 13):
Frio, fome e desamparo são algumas das dores que a pequena Maria enfrenta na cidade. O encantamento com as luzes e os movimentos desse novo mundo logo se esvai quando a menina percebe que está sozinha no caos urbano. Assim que chega, Maria revela a Boneco (Daniel de Oliveira) seu desejo de encontrar o caminho de volta, mas em troca recebe ofertas de casas e de felicidade "vendidas" por ele. Por todos os lados, ela é chamada ao consumo frenético, enquanto seu coração se entristece com saudades da família.
Cansada de caminhar na noite fria, Maria adormece sob uma marquise e acorda cutucada por uma bengala. Assustada, a menina rapidamente se desculpa e é acolhida pelo sorriso largo de Asmodeu Cartola (Stênio Garcia), dono de um Teatro de Variedades. Quando começa a "reconhecê-lo", pressentindo o mal, o esperto diabo a interrompe com um discurso amoroso, enchendo seu coração de esperança. Sem perder tempo, Cartola explica que na cidade só sobrevive quem tem capital e promete lhe dar teto, alimento e roupas limpas, bastando que confie nele.
Diante da promessa de amparo, Maria segue Cartola que trata de lhe apresentar o fabuloso mundo do seu Teatro de Variedades. As luzes fortes do palco iluminam um belíssimo espetáculo de cancã, com o qual a menina fica deslumbrada. A excitação, entretanto, cede lugar ao medo, quando ela percebe a agressividade com que Cartola trata sua bailarina principal, a doce Boneca (Inês Peixoto).
Mesmo ressabiada, Maria aceita fazer a faxina do local. Nas longas noites de trabalho, a menina torna-se amiga de Boneca e, pouco a pouco, entende a melancolia que toma conta do coração da artista: sentindo-se um "brinquedo velho", a bailarina teme que Cartola a ponha na rua. E isso não tarda a acontecer. Com os pensamentos ardendo frente à possibilidade de fazer de Maria sua nova estréia, o "coisa-ruim" se desfaz de Boneca com total desapego e crueldade. Após um erro durante uma apresentação, Cartola a desmonta e a joga na rua.
Os longos anos de maus tratos feriram profundamente o coração de Boneca. A bailarina do Teatro de Variedades já não acredita no amor e nem na beleza de sua arte. Cartola não contava, entretanto, que tamanha crueldade seria a redenção da artista. Com toda delicadeza de um sábio artesão, Dr. Copélius (Osmar Prado) recolhe cada pedaço de Boneca e, dentro de sua loja de brinquedos, a monta com carinho. Num sopro de amor e admiração, o artífice dá corda na bailarina e seus olhos, antes cerrados, ganham vida.
E como no Teatro de Variedades o show não pode parar, Cartola rapidamente lambuza com maquiagem o rosto de Maria e a empurra no palco. Desnorteada, a pequena canta a primeira música que lhe vem à cabeça, o que provoca risos no público desacostumado a tamanha inocência. Irritada com o olhar furioso que Cartola lhe lança, Maria canta mais alto e conquista cada pedacinho do palco num alegre e confiante espetáculo de dança. A platéia vibra com uma catarse de aplausos.
| Divulgação |  | | Dom Chico Chicote protege Maria |
MARIA CONHECE DOM CHICO CHICOTE (sexta-feira, 14):
Com toda a graça de sua juventude, Maria torna-se estrela do Teatro de Variedades: "Piano-baby" é o nome em destaque no letreiro luminoso que anuncia as atrações da casa de espetáculos de Cartola. Esse brilho, todavia, não pode mais ser encontrado nos olhinhos da pequena. Passado um mês trabalhando sem parar e sem ganhar um tostão, Maria revela a Cartola que seu único sonho é voltar para casa.
Inconformado com desejo tão "medíocre", o demônio tenta convencê-la de que é uma celebridade e pode ganhar muito dinheiro. Basta, para isso, que aceite sua proposta: cantar e dançar exclusivamente para Asmodeu Piteira (Ricardo Blat). Neste instante, dentro do pequeno camarim do teatro, frente a frente com os dois, Maria reconhece os "cafutes marditos" e dispara a correr cidade afora.
Preocupado com o prejuízo da fuga, Cartola e Piteira perseguem Maria bradando pelas ruas que ela é uma ingrata. Sentindo-se mais perdida e desprotegida do que nunca, a menina se esconde num beco e reza para Nossa Senhora Aparecida (Rosa Marya Colin). Com versos doces e corajosos, a santa nina a pequena, que adormece recostada numa porta de geladeira enferrujada, sem saber que nela vive Dom Chico Chicote (Rodrigo Santoro).
Ao perceber que alguém invadiu o beco onde vive, Dom Chico Chicote desafia o incauto para um duelo singular. Quando descobre que seu "inimigo" é a pequena Maria, o andarilho pede perdão e se apresenta como nobre cavaleiro; servidor dos sonhos, do amor e da poesia.
Para celebrar a nova amizade, Chico Chicote jura proteção fiel e pergunta à menina qual é seu maior desejo. Com muita fome, Maria pede um pouco de comida. Desconsertado, o poeta disfarça a cruel realidade e promete servir um banquete inesquecível. Como num passe de mágica, ele transforma caixotes e latas velhas numa belíssima mesa com ilustres convidados e pratos fartos. Apesar da dor que sente, Maria embarca na brincadeira e começa a enxergar o jantar imaginado por Chico.
A fantasia, entretanto, é interrompida pelo rapaz (Tadeu Mello) que leva sobras de uma lanchonete para o andarilho. A queda abrupta de seu sonho traz um enorme constrangimento para a viela que retorna à pobreza anterior. Maria leva um sanduíche à boca, mas percebe que os tais convidados continuam lá, compartilhando a mesma fome e miséria. A menina tira para si um pequeno pedaço e divide o resto entre os companheiros.
E Maria não há de esmorecer. A pequena vai enfrentar muitas outras aventuras e desventuras na cidade grande, ao lado de seu cavaleiro da mais nobre estirpe. | | |
Big Brother Brasil 9
Brazil's Next Top Model 2008
LOST