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11/05/2009 - 06h32

Agora galã, Eriberto Leão comemora virada no ibope de "Paraíso"

PopTevê
Dia desses, Eriberto Leão foi pego de surpresa pela síndica do prédio onde mora, no Rio de Janeiro. Nada a ver com problemas de condomínio: a administradora do edifício queria contar que sua mãe, internada em um hospital, havia ficado maravilhada com a cena em que Zeca, personagem que ele interpreta em "Paraíso", discorria sobre a existência de Deus. "A mãe dela falou: 'diz para ele que aquela cena de Deus me fez muito bem. Naquele dia eu dormi e tive um sonho lindo, pensando naquilo que ele tinha falado'", relembra. "Não tem como não ficar emocionado, ouvindo uma coisa dessas. Então, acho que isso é sucesso", afirma o ator que tem 37 anos e está em sua oitava novela.

ERIBERTO LEÃO FALA DE SEU PERSONAGEM ZECA EM "PARAÍSO"

A história ilustra bem o bom momento do horário no Ibope. Depois de uma queda vertiginosa dos números relativos às tramas das seis, a faixa voltou a "respirar" com "Paraíso", que está na casa dos 27 pontos de audiência. Protagonista da história ao lado de Nathália Dill, que vive a doce Maria Rita, Eriberto garante que sempre teve certeza de que a novela teria boa recepção do público. "Nunca tive dúvidas de que a gente ia conquistar nosso espaço. A gente faz com muito amor e a história é linda, a direção é estupenda, o elenco é maravilhoso", derrete-se. A confiança no trabalho, no entanto, não é motivo para otimismo exacerbado, nem deslumbre. "Sempre acreditei nesse trabalho, mas a gente fica muito feliz de saber que, agora, está tendo um retorno de números", ressalta.

Curiosamente, "Paraíso" parte de uma premissa bastante modesta. Em tempos de histórias cada vez mais rocambolescas, o folhetim apóia-se, basicamente, na velha construção de "Romeu e Julieta": a do amor impossível que, nesse caso, surge entre uma menina conhecida por todos como "santa" e um jovem que é chamado de "filho do diabo".

Para Eriberto, porém, não há surpresa na boa receptividade que ele diz encontrar no público que o aborda. "Isso acontece porque o Benedito Ruy Barbosa é atemporal. Poder fazer uma novela dele é ser um porta-voz de valores e de uma maneira de ver a vida que me interessa muito", valoriza.

O quadro positivo no Ibope também cria uma situação confortável para Eriberto no mercado dos galãs. Em uma fase de pouca "oferta" de homens bonitos e com capacidade de despertar o interesse do público, o ator comemora o sucesso daquele que considera seu primeiro galã. "Eu nunca tinha feito o mocinho. O Tomé, de "Cabocla", tinha barbão, era rústico. Em "Sinhá Moça", eu lavava o cabelo com sabão de coco, para ficar pixaim, e deixei uma costeleta enorme", enumera, citando outros dois "remakes" de obras de Benedito Ruy Barbosa dos quais participou. Agora, a situação mudou - e, segundo Eriberto, já começaram a surgir perguntas da mídia sobre seu interesse em protagonizar novelas do horário nobre. Ele, porém, não cria expectativas. "Tenho vontade é de continuar minha jornada do jeito que está. Que bom que está dando certo. Fico feliz mesmo. Não para eu poder fazer uma novela das sete ou das oito, mas para eu poder seguir o meu caminho", diz, sereno.

Esse caminho, segundo ele, envolve uma entrega ferrenha ao personagem. Durante o tempo em que gravou as cenas de Zeca preso à cama - depois de perder os movimentos das pernas ao ser derrubado por um touro em um rodeio -, Eriberto parou de tomar sol e se exercitar, além de deixar os cabelos e a barba crescerem. "Eu meio que entrei nessa junto com o Zeca. E foi muito bom eu poder sair junto com ele. É uma felicidade muito grande", empolga-se. O peão recupera os movimentos das pernas, mas não terá muito tempo para comemorar. É que, voltando a ser idolatrada como milagreira, Maria Rita voltará para o convento.

Os mais românticos, porém, não precisam se preocupar. "Porque, aí, é o cavaleiro em cima de seu cavalo, tocando o berrante para tentar despertá-la", adianta Eriberto. "E não é que ele vai "tentar" roubar a Santinha: ele rouba. O Zeca não tenta, faz", diverte-se.

(Por Louise Araujo)

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