A partir desta terça-feira (14), às 22h15, a Record vai propor uma viagem para a Itália. É que estreia "Poder Paralelo", trama de Lauro César Muniz que tem como foco a máfia e a cultura italianas. Criada para substituir "Chamas da Vida" - que termina dia 28 e, por isso, será exibida no mesmo horário das 21h45 -, o folhetim tem como ponto de partida um atentado contra o brasileiro de origem italiana Tony Castellamare, interpretado por Gabriel Braga Nunes, na cidade de Palermo, na Itália. "A novela nasceu do livro do Sílvio Lancelotti, 'Honra ou Vendetta', com uma história de minha autoria", explica Lauro César Muniz.

A novela é gravada na cidade de Serra Negra, no interior de São Paulo, cuja topografia lembra a Sicília. Além de abordar a máfia italiana, a trama dirigida por Ignácio Coqueiro também conta com histórias de fidelidade, traições e disputa. É o que garante Lauro César, que está disposto a criar um enredo envolvente e que "dê gosto" de ser assistido. "Estou profundamente empenhado em fazer uma novela que não agrida o público. Cansei de ver a pobreza para onde caminhou a telenovela brasileira", critica o autor.

Se depender da expectativa do autor e do "gás" do diretor, que dirige sua primeira novela na Record, "Poder Paralelo" tem tudo para fisgar o público. Ambos estão obstinados em fazer um produto de primeira qualidade. "É uma honra estrear na Record em uma novela do Lauro César. Estou muito feliz e acho que o resultado está ficando muito bom", rasga-se Ignácio Coqueiro, que acompanhado por mais de 100 pessoas, entre profissionais da emissora e contratados na Itália, gravou no final do ano passado as primeiras cenas da trama nas cidades de Palermo e Tonnara di Scopello.

Para dar o pontapé inicial na história, o autor criou um atentado logo no início da trama. O alvo é Tony Castellamare, sujeito para lá de suspeito por suas presumidas ligações com a máfia. Sabendo do plano de assassinar Tony, Téo, delegado da Polícia Federal brasileira interpretado por Tuca Andrada, viaja à Itália e, em uma ação rápida, evita o assassinato de Tony, ao impedir que ele morra com a explosão de uma bomba em seu carro. O delegado, porém, não consegue evitar a pior tragédia: a morte da condessa Marina de Salaparuta, mulher de Tony (Daniela Galli), e de suas filhas gêmeas em outra terrível explosão. "A dubiedade é a tônica do Tony que, ao longo da trama, sofrerá com a suspeita de todos, que não sabem se ele é da máfia ou um policial infiltrado para debelar o crime organizado", adianta Gabriel.

Paralelamente à tristeza que abate Tony por perder sua mulher e suas duas filhas, o misterioso sujeito ainda é confrontado com outra questão. Antes da trágica morte de sua família, Tony conhece a jornalista brasileira Lígia (Miriam Freeland), que, a passeio na Itália, acaba se aproximando dele para conseguir um furo de reportagem para a revista "Grafos", na qual trabalha. O problema é que ela acaba se apaixonando por ele e passa a viver uma crise moral. Até porque, a princípio, para ela, Tony é um criminoso. "A Lígia é muito ética. Por isso vai sofrer tanto quando se descobrir apaixonada pelo Tony, que é um homem cheio de mistério", justifica.

Além do núcleo de Tony Castellamare e sua tradicional família italiana e do núcleo de Lígia e seu dia-a-dia no jornal, a novela também vai contar com outros pólos de atração. Um deles é o formado pelo empresário Bruno Villar (Marcelo Serrado), e sua mulher Maura (Adriana Garambone). Extremamente dedicada ao marido e aos filhos, Luísa (Fernanda Nobre), Pedro (Guilherme Boury), e Júnior (Rodrigo Simas), a dona de casa acredita piamente no marido, que, inescrupuloso que ele só, mantém há anos um caso com a famosa atriz Fernanda Lira (Paloma Duarte). "Assisti muito a 'Desperate Housewives' para criar a Maura, que é uma mulher que abdica o trabalho para se dedicar à família e ao marido", descreve Garambone.

(Por Carla Neves)

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