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17/03/2009 - 06h56

Dois meses após "A Favorita", Mauro Mendonça volta ao ar em "Paraíso"

PopTevê
Mauro Mendonça completa 77 anos no dia 2 de abril e não pensa em parar de fazer novelas tão cedo. Prova disso é que, quando ainda estava no ar como o empresário Gonçalo de "A Favorita", aceitou o convite para interpretar o fazendeiro Antero em "Paraíso", nova trama das seis da Globo. "O que mais me atraiu foi ter de renovar o contrato com a emissora", brinca o ator, logo voltando a falar em tom mais sério. "A verdade é que é muito agradável fazer novela do Benedito", elogia o veterano, referindo-se ao autor da história sobre o amor entre a "Santinha" e o "filho do diabo", papéis vividos, respectivamente, por Nathalia Dill e Eriberto Leão.

MAURO MENDONÇA FALA SOBRE O NOVO TRABALHO NA GLOBO

  • Luiza Dantas/ Carta Z Notícias
No remake da trama de Benedito Ruy Barbosa - exibida originalmente em 1982 na Globo -, Mauro dá vida ao pai de "Santinha" e é um homem extremamente mal-amado. Casado com a beata Mariana, interpretada por Cássia Kiss, ele não mantém relações sexuais com a mulher há anos.
Afinal, ela só pensa em rezar e inventar histórias milagrosas sobre a filha. "Todo o carinho que meu personagem poderia sentir pela mulher foi transferido para a filha", explica ele, acrescentando que Antero só tolera as beatices de Mariana por amar muito "Santinha".

Além de estar visivelmente feliz por participar de mais uma trama assinada por Benedito, com adaptação de Edmara Barbosa e colaboração de Edilene Barbosa - ambas filhas do escritor -, Mauro se diz muito satisfeito com seus colegas de elenco, dos mais novos aos veteranos. "Trabalhar com a Cássia é como jogar peteca e receber de volta uma pedra", descreve, entre risadas, aproveitando para também elogiar a jovem Nathalia Dill. "Ela já está dando ares de veterana. É uma menina muito séria e está fazendo direitinho", derrete-se ele, que se diz bem à vontade entre os atores iniciantes. "Não tenho o menor problema em contracenar com jovens atores. Também já fui como eles", lembra.

Alguns atores dizem que fazer novela é muito cansativo porque exige quase um ano de dedicação. Como é isso para você?

Ainda estava interpretando o Gonçalo em "A Favorita" quando me chamaram para fazer "Paraíso". E lembro que aceitei o convite na hora. Tive a experiência de "Cabocla", também do Benedito, e conheço o estilo dele, que torna o diálogo fácil. Vou ser sincero: também me atraiu o fato de ter de renovar o contrato com a Globo (risos). Na verdade, uni o útil ao agradável. Além de ser muito bom fazer novela do Benedito, a história de "Paraíso" é muito engraçada.

Mas você não se sente cansado por emendar uma trama atrás da outra?

Sempre digo que o ator tem de ter três ingredientes: talento, paciência e vocação. Usando uma expressão mais clara: precisa ter saco. Porque, às vezes, você repete a cena, fica em pé, grava 20 cenas e quase não tem tempo de sentar para tomar um cafezinho. Principalmente quem tem responsabilidade e segue a profissão à risca. Mas tenho prazer em representar. Aliás, acho que o tesão de representar deve fazer parte de todos os atores.
Falando nisso, "Paraíso" tem muitos atores iniciantes. Como está sendo trabalhar com eles?

Não vejo mal algum em atuar com novos atores. Até porque também já fui um deles. E encontrei gente legal e chata no meu caminho. Então sei a diferença entre colegas legais e chatos. Por isso, procuro sempre deixar meus colegas à vontade, principalmente os iniciantes. Ainda mais porque a maioria deles me olha e fala que estava com receio de trabalhar comigo.

Qual é a sua expectativa para a novela? Acha que ela vai levantar a audiência das seis, que anda baixa?

Aposto nessa novela. Porque ela vai ter um "up". A história é muito interessante e divertida.

(Por Carla Neves)

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