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14/02/2009 - 08h03

Vera Zimmermann diverte-se com as futilidades de Joelma em "Negócio da China"

PopTevê
Cabelo, maquiagem, joias e roupas caras. Em resumo: futilidades que o dinheiro compra. É só nisso que Joelma, personagem de Vera Zimmermann em "Negócio da China", pensa. "Ela é uma perua que só quer dinheiro. É tão prática que passa por cima de qualquer coisa pelos seus objetivos. Mas é bem divertida", enumera a atriz.

VERA ZIMMERMANN VIVE A "PERUA" JOELMA EM "NEGÓCIO DA CHINA"

E bota pragmatismo nisso. A ponto de desconfiar que o marido Mauro (Oscar Magrini) tem uma amante, mas só pensar nos louros que vai colher quando tiver certeza. Ou seja: a loura pretende chantageá-lo - ela conhece todas as suas falcatruas - só para não perder a "boa vida". O que ela não imagina é que sua rival seja Denise, de Luciana Braga, justamente a pessoa em quem ela passou a confiar de uns tempos para cá. "O que ela vai fazer quando souber? Simplesmente se separar e perder a vida boa? Ela é esperta..." diverte-se.

Mas nem por isso Joelma deixa de ser uma mãe zelosa. Ao contrário. A perua tem dedicado seus dias às preocupações com a gravidez da filha, Antonella (Fernanda de Freitas). Isso porque o pai de seu neto é Diego, (Thiago Fragoso), herdeiro do milionário grupo Fontanera. Embora o moço não seja lá tão apaixonado assim por Antonella, Joelma faz de tudo para uni-los. É o dinheiro falando mais alto, como sempre. "As cenas são ótimas, fortes, boas de se trabalhar", comemora a atriz de 44 anos que, apesar de não ser tão vaidosa quanto a personagem, confessa gostar de se sentir bonita. "Estou em uma época em que se começa a envelhecer e estou ligada nisso. Sempre me cuidei e preciso gostar da minha velhice", afirma.

A satisfação da atriz com a personagem não é à toa. Além de nunca ter vivido um tipo parecido, o convite de Roberto Talma foi ainda mais especial por levá-la de volta à Globo. Afinal, seu último trabalho na tevê foi em "Dance, Dance, Dance", da Band. "Foi ótimo. Sempre torço para que os núcleos de teledramaturgia cresçam. Mas a Globo faz tudo ser muito especial, eles têm muitos anos de história", pondera.

Trabalhar em outras emissoras, aliás, é rotina na carreira de Vera. Depois de estrear na Globo, em "Vida Nova", de 1988, a loura trabalhou em emissoras como SBT, Record e TV Cultura. "O importante para o ator é estar sempre produzindo, em ação e exercitando a criatividade. É o que mais gosto de fazer", reforça.

Mas a paulistana começou sua trajetória profissional nos palcos. Aluna de cursos de teatro desde os 12 anos, ela ficou conhecida ao se tornar a musa inspiradora de Caetano Veloso para a música "Vera Gata", aos 17 anos, após conhecer o cantor em um de seus shows na Bahia.
"Foi o destino. Logo em seguida veio o convite do Antunes Filho", recorda ela, que atuou na encenação do diretor para quatro obras de Nelson Rodrigues, intitulada "Nelson Rodrigues - O Eterno Retorno".

Depois, em "Macunaíma", adaptação de Antunes da obra de Mário de Andrade.
E não parou mais. Estreou no cinema em "Onda Nova", de José Antonio Garcia e Ícaro Martins e foi apaixonando-se pela atuação, já que nunca pensou em seguir tal carreira. "Foi um sufoco. Quando a profissão me escolheu, eu pensei: 'como faço para ser uma atriz de verdade?'", conta ela, que diz nunca ter sido lá muito estudiosa. "Nunca gostei. Não queria fazer História, Letras ou Medicina. Só gostava de duas coisas: esporte e teatro. Sabia que só seria feliz na arte", diz.

Apesar dos inúmeros trabalhos, Vera reclama da instabilidade da profissão. "Nunca tive as coisas na mão. É sempre uma batalha solitária que cansa. Estou num momento ótimo, mas já tive outros bem complicados", pontua. Tanto que ela é cautelosa ao falar dos próximos projetos, após o fim da novela, em março. "Devo fazer uma peça e um filme", despista, afirmando não ter maiores sonhos, além da oportunidade de permanecer "na ativa". "Meu único sonho é nunca parar de trabalhar. Este eu não quero que acabe", conclui.

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