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08/02/2009 - 17h42

Aninha Lima fala sobre o núcleo da loucura de "Caminho das Índias", sua 1ª novela das oito

PopTevê
Aninha Lima sempre se interessou complexidade e pelos segredos da mente humana. Mas depois que começou a viver a aplicada assistente social Ciça, em "Caminho das Índias", esse interesse aumentou. "É incrível como a mente é fascinante!", diz a atriz, que para compor seu personagem visitou o Instituto Nise da Silveira, na Zona Norte do Rio.

ANINHA LIMA FALA DE SUA ESTREIA EM UMA NOVELA DAS OITO

  • Pedro Paulo Figueiredo/CZN
A atriz levou o estudo sobre o assunto a sério. Além de participar de diversos workshops com psicólogos e psiquiatras do Instituto Psiquiátrico Philippe Pinel, na Zona Sul do Rio, e da Universidade Federal do Rio de Janeiro, ela também assistiu a palestras com os doentes mentais e seus familiares. "Não esqueço da história do Vitor Hugo, um esquizofrênico que ficou dois anos sem ser medicado, voltou a tomar remédio e hoje está até casado. Foi a palestra mais rica de todas", lembra.

O interesse de Aninha por esse universo não é recente. Antes de ser convidada por Glória Perez para interpretar Ciça, ela já escutava, com a maior atenção, muitas histórias sobre pacientes. "Tenho um tio psiquiatra e sempre conversamos à beça sobre os casos dele. Isso também me ajudou a compor a Ciça", destaca ela, fazendo questão de acrescentar que a personagem, apesar de dedicada à Assistência Social, não vai viver só de trabalho na história. "Ela é muito descolada. E está soltinha na pista!", diverte-se.

Além de estar satisfeita com a oportunidade de interpretar uma personagem com uma função importante na trama, Aninha também está feliz por outros motivos. "É a minha primeira novela das oito. Apesar de não ter muita noção da dimensão disso, sei que ainda tenho de aprender muito", declara ela, que estreou na tevê como a empreendedora Eulália de "Desejo Proibido". "'Desejo' foi uma grande escola e, ao mesmo tempo, uma vitrine. Tanto que saí de lá e logo fui chamada para participar do último mês de 'Beleza Pura'", lembra, orgulhosa.

Nascida em Carangola, Zona da Mata mineira, Aninha tem uma trajetória particular. Conhecida como cantora - principalmente como "backing vocal" do marido, Gabriel, O Pensador, com quem é casada há 12 anos -, ela interrompeu o sonho de ser atriz por circunstâncias da vida, como o casamento e a maternidade. "Mas a vontade de atuar sempre me acompanhou", destaca ela, que tomou gosto pela arte aos 17 anos, quando começou a estudar teatro na escola Senador Corrêa, na Zona Sul do Rio. "Era uma escola totalmente liberal. De lá saíram Moreno Veloso, Amora Mautner e as filhas da Baby Consuelo", relembra.

Por ironia do destino, a vontade de se dedicar à carreira de atriz ficou restrita à adolescência. Isso porque, depois que saiu da escola, Aninha logo começou a cantar e acabou deixando de lado o sonho de viver de teatro. Passou a se dedicar à música, à faculdade de Direito, ao marido e aos filhos. Um dia, porém, o desejo de atuar falou mais alto e ela decidiu correr atrás de seu antigo sonho. Para isso, fez cursos, gravou um "videobook" e distribuiu pelos diretores da Globo.

"Descobri que o Marcos Paulo estava no interior de Minas atrás de locações para 'Desejo Proibido' e resolvi deixar o meu videobook com ele. Uma semana depois ele me ligou convidando para o teste para a Eulália", orgulha-se ela, que não se arrepende de não ter esperado as coisas caírem do céu. "Desde então, graças a Deus, tenho conseguido trabalhos maravilhosos", comemora.

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