Ricardo Pereira, o João de "Negócio da China", acredita que o Brasil estava em seu destino. O ator, nascido em Lisboa, Portugal, conta que sempre teve uma inexplicável "atração" por tudo o que se referia ao país. Quando começou a carreira de modelo, aos 16 anos, em sua primeira viagem para Milão, ele morou com três brasileiros. Seu bisavô veio para cá algumas vezes e um de seus tios mora aqui. Ou seja, Ricardo sabia que não teria como fugir. "O Brasil tinha de entrar na minha vida de qualquer jeito", afirma, aos risos.

O que ele não imaginava é que conseguiria o que nenhum de seus conterrâneos alcançou até então: protagonizar uma novela na Globo. "Não imaginava sequer uma, quanto mais duas", impressiona-se, referindo-se ao personagem atual e a "Como Uma Onda", trama de 2004 em que ele estreou já no papel principal.

Na história de Miguel Falabella, João é um simpático padeiro perdidamente apaixonado por Lívia, mocinha vivida por Grazi Massafera. Depois do "sumiço" de Heitor, interpretado por Fábio Assunção, ele conquistou de vez o amor da moça. Mas, como nem tudo são flores, em breve ele deve disputar novamente seu coração com Otávio, de Dalton Vigh. Afinal, o médico "balança" as estruturas da loura ao tentar salvar a vida de seu filho, Théo, personagem de Eike Duarte, que tem um tumor no coração. "A presença de outro homem na relação desperta os instintos animalescos de quem se sente ameaçado. É normal. Acho que isso abala, mas não acaba com o amor deles", arrisca ele, que aprendeu a fazer vários quitutes por conta do personagem. "Fiz muito pastel e toucinho do céu. Sempre cozinho para os amigos e para a minha namorada", conta.

Esta é a quarta novela do ator de 29 anos no Brasil. Depois de "Como Uma Onda" ele participou de "Prova de Amor", na Record, e voltou para a Globo para atuar em "Pé na Jaca", de 2006. Mas sua trajetória em terras lusitanas é bem mais extensa. Fez 12 novelas por lá e ainda cerca de 12 filmes - um deles brasileiro, o longa "Sonhos e Desejos", de Marcelo Santiago. Quando tinha apenas 16 anos, seu belo sorriso e os olhos azuis lhe renderam vários trabalhos como modelo. "Ainda faço muitos desfiles e catálogos de moda até hoje", aponta.

Mas ele nem pensava em seguir carreira artística até cumprir uma matéria não obrigatória na faculdade de Psicologia: oficina de expressão dramática. Foi quando ele se apaixonou pela interpretação, matriculou-se em vários cursos, ingressou no teatro e não parou mais. "O teatro é minha origem. Gosto de regressar a ele pelo menos a cada dois anos", reforça. Ricardo chegou a participar de uma apresentação da comédia "Surto" no Brasil.

Contratado da SIC - emissora portuguesa de sinal aberto - e da Globo até o fim da trama, Ricardo faz mistério quanto ao seu próximo trabalho. Mas dá pistas de que deva permanecer no Brasil após o fim do folhetim, em março. "Tenho vários projetos, mas a novela ainda é meu foco", avisa. Apesar da indiscutível paixão pelo Brasil, ele confessa que não teria coragem de mudar-se de vez para cá. "Fico ora lá, ora cá. Assim está muito bom", contenta-se ele, que garante sentir-se seguro para viver papéis bem distintos até de sua origem. "Posso fazer um brasileiro, um italiano, um espanhol... Com a ajuda de uma fonoaudióloga, chego lá. Quero criar em cima de algo que acham impensável", imagina.

 Tablet

Vários modelos a partir de 10x de R$ 14,44

Relógios

Diversas marcas a partir de 8x de R$ 11,12

Notebook | Tv LCD