Depois de um longo e rigoroso inverno na "geladeira" do SBT, Adriane Galisteu está de volta. Na última quarta (28), a apresentadora paulistana foi oficialmente anunciada como nova contratada da Band. "Esse é um ano muito importante para mim. É um ano de estreias: já teve lançamento de peça, filme e, agora, de programa", contabiliza ela, que está nas telas no longa "Se Eu Fosse Você 2", dirigido por Daniel Filho e, nos palcos, com a peça "Um Casal Aberto, Ma Non Troppo", de Dario Fo.

Apesar da óbvia empolgação com o retorno à tevê, ela explica que ainda não sabe muita coisa sobre como será o trabalho na nova emissora, com a qual tem contrato até o final de 2010. "A gente ainda está criando. Estamos tendo reuniões e acertando os detalhes. É um processo que demora, mesmo", resigna-se ela, com a experiência de quem já passou por Rede TV!, Record e MTV, além do SBT, ao longo de 14 anos como apresentadora. Por enquanto, sabe-se apenas que o programa será semanal, ocupando o horário nobre e com estreia prevista para março. "Outra coisa é que será ao vivo. Não funciono bem com essa coisa de piloto. Prefiro dar a cara a tapa, ver o que acontece", revela ela, que também prefere não pensar em nenhum formato fechado para a produção. "A própria ideia de ser ao vivo é justamente ter um programa solto, em que cabe qualquer coisa", avalia.

Entre as poucas certezas para o programa, Adriane destaca a participação que espera do jornalismo da emissora. Animada pela experiência que teve com a dobradinha "notícia e entretenimento" em sua passagem pela Record, a loura tem conversado com os colegas de emissora Ricardo Boechat e Fernando Mitre para criarem um meio de interação. "Isso funcionou muito naquela época. Hoje, com toda a estrutura da Band e com o jornalismo forte que tem aqui, acho que pode ser ainda mais bacana", afirma ela, que tem planos consideravelmente ambiciosos: lançar mão não só da central de jornalismo da emissora, mas também das afiliadas no resto do país. "Sei que isso não é possível em um primeiro momento, mas eu gostaria de estar em contato com as praças, ao vivo. Quero a participação do Brasil inteiro ali", sonha.

Ao mencionar a repetição da ideia, a apresentadora dá mais uma pista de que não pretende mexer na fórmula que a consagrou. Ou seja: reunindo entrevistas, moda e informação, Adriane se aproxima de seus trabalhos anteriores na tevê - e não tem problema algum em admitir isso. "É o que eu sei fazer, e sei que faço bem. Não quero criar expectativas, até porque não tem sentido querer reinventar a roda", pondera.

A ansiedade gerada por tantas dúvidas tem sido administrada com mais trabalho. Além das reuniões para tratar do novo programa - e que têm ocupado sua agenda nos dias em que está em São Paulo -, Adriane tem dedicado boa parte de sua energia à peça, assinada pelo dramaturgo italiano Dario Fo e sua esposa, Franca Rame. "Eu nunca parei de trabalhar na minha vida. Fiquei só dois meses de férias e chega, também. Adoro trabalhar", diz ela que, no espetáculo, divide o palco com o humorista Leandro Hassun, do "Zorra Total".

O lado atriz, aliás, deve aflorar também na tevê. Um dos planos de Adriane para o programa é a criação de quadros em que ela vai atuar. "Quero criar personagens, lançar mão do humor. Acho que a gente não deve se levar a sério demais em alguns momentos", torce. Para ajudá-la no trabalho, a apresentadora diz que prefere investir em uma equipe reduzida, com poucos - e confiáveis - profissionais. A tarefa será facilitada pelo fato dela ter reencontrado, na Band, pessoas com quem já havia trabalhado na Record e no SBT. "Cheguei na emissora e vi várias caras conhecidas. Isso foi muito bom. Agora, vou fazer um "garimpo", porque quero que essa equipe compre realmente a ideia do programa", assegura.

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