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19/01/2009 - 06h21

"Nunca pensei que fosse gostar de fazer novela", diz Cléo Pires

PopTevê
Desde que se entende por gente, Cléo Pires escuta da mãe, a atriz Glória Pires, que nasceu no mesmo dia 2 de outubro de Mahatma Gandhi, o famoso líder espiritual indiano. "Acho que esse era o único contato que tinha com a cultura indiana", conta a atriz, de 26 anos, que a partir desta segunda interpreta a indiana Suria em "Caminho das Índias". Esposa de Amitav (Danton Mello) e mãe de Anusha (Karina Ferrari), a personagem ganha a confiança da sogra Indira (Eliane Giardini), a ponto de ter até a chave da despensa. "Tive de aprender sobre o dia-a-dia, o papel da mulher e do homem na sociedade indiana e os costumes", lembra ela, que, ao contrário de boa parte do núcleo indiano, não viajou para a Índia para gravar a trama de Glória Perez.

Apesar de não ter conhecido os belos palácios e templos indianos, ou vivenciado o caótico trânsito local, Cléo se diz completamente adaptada à personagem. "Tenho vontade de sair caracterizada e viver a minha vida. Porque o figurino é tão lindo... Falo com a Emília Duncan, nossa figurinista, que no final da novela a arara dela vai estar desfalcada. Vão ter uns dez sáris lá em casa e não vou devolver!", brinca ela, referindo-se aos panos que as indianas usam enrolados ao corpo.

"CAMINHO DAS ÍNDIAS": NOVA NOVELA COMEÇA NESTA SEGUNDA

  • Luiza Dantas/ CZN

    Cléo Pires viverá uma indiana na novela de Glória Perez



Em sua quarta novela na Globo - ela já participou de "América", "Cobras & Lagartos" e "Ciranda de Pedra" -, Cléo está familiarizada ao dia-a-dia dos estúdios de gravação do Projac, na Zona Oeste do Rio. "Nunca pensei que fosse gostar tanto de fazer novela. E, hoje em dia, amo", confessa. O que mais a encanta na carreira de atriz é a possibilidade de viver personagens completamente diferentes de sua realidade. "O que mais me atraiu na Suria, por exemplo, foi o fato de ela ser indiana, casada e mãe. Achei que seria bem gostoso fazer", entrega ela, que levou 14 horas para alongar os cabelos para viver a personagem.

Por ter começado no cinema, chegou a ter algum preconceito com a tevê?

Dia desses, estava conversando sobre isso com um amigo meu. Ele me perguntou se amava mesmo fazer novela. E falei que sim. Saio do estúdio satisfeita. Nunca pensei que fosse amar trabalhar na tevê. Mas descobri que amo. Na verdade, a atuação caiu na minha mão e descobri que gostava de fazer. Não era o que buscava, mas aconteceu. E estou muito feliz.

Então hoje se sente mais à vontade com o veículo?

Sim. Estou bem mais madura. Mas acho que sempre dá para melhorar. Acredito que tudo na vida pode ser feito melhor - apesar de hoje entender que, se quiser atingir a perfeição a cada segundo da minha vida, vou ser uma pessoa sem paz. Acho que tudo tem seu tempo. Temos de aceitar nossas fraquezas e reconhecer nossos pontos fortes. E acho que sou boa nisso.

Acha que sabe lidar com as críticas?

Não me preocupo com elas. A não ser que sejam construtivas. Só assim valem a pena. Se posso absorvê-las e se acho que vão fazer diferença, penso sobre elas, analiso-as.

Além da novela, está no elenco do próximo longa de Fábio Barreto, "Lula: O Filho do Brasil". Como pretende conciliar as duas produções?

Já avisei à produção de "Caminho" sobre o filme. Como vou fazer só uma participação, acho que vai dar tudo certo. Se não me engano, começo a filmar em fevereiro. Vou interpretar a Lourdes, a primeira mulher do Lula. Encontrei o Fábio e o Sérgio Penna, o preparador de elenco, e estou bem empolgada.

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