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26/12/2008 - 07h00

Oscar Magrini fala de novo personagem mulherengo: "acho que tenho cara de sem-vergonha"

PopTevê
Oscar Magrini se diverte ao lembrar do telefonema que recebeu de um amigo de Santos - cidade onde nasceu - dia desses. "Um palhaço me ligou dizendo se podia fazer uma pergunta pessoal. E mandou: sua amante está grávida. E agora, o que você vai fazer?", conta o ator, entre risos.

A pergunta do amigo, porém, é apenas uma das muitas gracinhas que Magrini recebe toda vez que sai às ruas. Segundo ele, desde que Mauro - advogado mau-caráter que interpreta em "Negócio da China" - começou a maltratar Denise, sua amante vivida por Luciana Braga, não tem um dia que não escute comentários dos telespectadores. "As pessoas não se conformam com o comportamento dele. Dizem que ele foi muito mau com a Denise".

Apesar de o personagem não ter a melhor das índoles, Magrini sente que as pessoas gostam dele. "Percebo pela quantidade de pessoas que mexe comigo", orgulha-se ele, que não se arrepende de ter entrado sem descansar na novela de Miguel Falabella. Isso porque mal teve tempo de se desvencilhar de Gabriel, papel que viveu também este ano em "Duas Caras", para entrar de cabeça na composição de Mauro. "Foi tudo muito rápido. 'Duas Caras' terminou dia 30 de maio e dia 1º de junho fui convidado para fazer 'Negócio da China'", lembra.



Emendar novelas está virando rotina na carreira do ator santista de 47 anos. Para se ter uma idéia, de 2002 a 2008, Magrini atuou em sete novelas: "Esperança", "Cabocla", "Malhação", "Sinhá Moça", "Pé Na Jaca", "Paraíso Tropical" e "Duas Caras". "Não me canso porque é um reconhecimento do trabalho que tanto amo fazer", justifica. Apesar de gostar muito de encarar novos trabalhos, o ator admite que depois que a novela terminar - provavelmente em março do ano que vem - precisa descansar. "Também tenho de me dedicar à família, né?", questiona o ator, casado há 18 anos com a também atriz Matilde Mastrangi.

O que fez você aceitar o convite para viver o Mauro?

Nunca tinha trabalhado com o Roberto Talma e o Miguel Falabella. E me encantei pelo personagem, que é um cara interessante e completamente diferente do Gabriel que tinha acabado de interpretar em "Duas Caras". Também me seduziu contracenar com colegas com os quais não contracenava há muito tempo e com outros com quem nunca trabalhei. Quis viver esse cara sedutor e que é capaz de fazer tudo para ter dinheiro.

Aliás, vira-e-mexe, você é escalado para viver tipos mulherengos. A que você atribui isso?

Dizem que tenho cara de sem-vergonha (risos). Talvez seja por causa do físico, da cara de homem, do olhar, do sorriso. E também por conta do Ralf, aquele personagem cafajeste e pobretão que interpretei em "O Rei do Gado". Ele foi o grande "boom" da minha carreira. Mas agradeço por tudo o que já fiz na tevê desde que estreei.

Mas você se frustra por nunca ter vivido um protagonista?

É claro que queria ter a oportunidade de viver um protagonista, de gravar 25 cenas por dia. Mas não tenho nenhuma frustração. Graças a Deus, tive a chance de encarnar papéis completamente diferentes uns dos outros ao longo dos meus 18 anos de carreira.

Já tem planos para depois que a novela terminar?

Pretendo descansar um pouco. Mas já tenho alguns projetos em andamento. Um deles é fazer um longa com o Marcos Barbosa, que é neto do Benedito Ruy Barbosa. E o outro é interpretar Pilatos na encenação da Paixão de Cristo, em Pernambuco, que vai ser de 3 a 11 de abril de 2009.

(Por Carla Neves)

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