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14/10/2008 - 16h16

Atriz defende Ivonete de "Chamas da Vida" e garante: ela não é vilã

PopTevê
Não é preciso muito tempo diante da tevê sintonizada em "Chamas da Vida" para perceber que a fogosa Ivonete não é exatamente a boazinha da trama de Cristiane Fridman. Mas ai de quem ouse falar mal da personagem para sua intérprete, Amandha Lee. A defesa é imediata, listando inúmeras qualidades para a "Rainha de Tinguá". "Ela é a antagonista, mas não a vilã. A Ivonete não sai fazendo maldades com todo mundo. Ela gosta de cuidar da casa, de cozinhar; sofre, mas daqui a pouco está rindo", enfatiza.

Jorge Rodrigues Jorge/Carta Z Notícias
Amandha Lee, a intérprete e defensora da "rainha de Tinguá"


Nem mesmo o comportamento indeciso de Ivonete no terreno amoroso muda a posição da atriz. Na ficção, a morena vive às turras com Carolina, a protagonista de Juliana Silveira, para conseguir de volta o amor de Pedro, o mocinho vivido por Leonardo Brício. Ao mesmo tempo - e apesar de jurar amor eterno ao bombeiro -, a morena não resiste aos encantos de Tomás. Tanto é assim que Ivonete acabou engravidando do personagem interpretado por Bruno Ferrari. "Essa aproximação a confundiu. Até então, ela só conhecia o amor por um homem. De repente surgiu essa atração que ela não entende e não controla", justifica.

Como se a instabilidade afetiva não fosse suficiente, Ivonete também está tendo de lidar com a presença mais que indesejada da mãe, Lurdes. Abandonada ainda bebê pela personagem, interpretada por Nina de Pádua, a morena se tornou ainda mais irascível ao descobrir que ela estava de volta a Tinguá. Nem mesmo os pedidos de desculpa da ex-presidiária foram suficientes para amolecer o coração da filha. "Vai demorar para ela dar uma chance à mãe, porque tem um temperamento muito forte. Tem muito pano para manga ainda!", garante Amandha.

Você fala com muita empolgação da personagem. Por quê?

A Ivonete é a primeira mulher adulta que represento. É uma mulher forte, lutadora, que ama sem limites. E, ao mesmo tempo, é muito humanizada, não é um estereótipo. Sou apaixonada por essa personagem. Acho que ela é exatamente o que eu precisava fazer nesse momento.

A personagem vive uma série de dramas, mas também tem muito humor. Como está sendo fazer comédia na tevê?

Na verdade, ainda estou aprendendo. Gosto de fazer cenas pesadas, com conteúdo, mas quem já me viu fazendo peças de comédia diz que eu fico muito à vontade em cena. É muito divertido fazer, é o lado leve. Ainda mais que estou em meio a gente como a Marilu Bueno, que faz a minha tia Catarina. É uma atriz que admiro demais. Ela veio do teatro e é pura comédia.

Mas como fazer para passar da comédia ao drama, ou vice-versa, sem ficar estranho?

Estudei muitos anos com a Celina Bebiano, uma diretora que me passou o método do Lee Strasberg. É um trabalho que se concentra nas ações dos personagens, investindo também em relaxamento e concentração. É um método muito natural, que foi o que me deu essa base para ter uma mudança brusca dentro da mesma cena.

Você recentemente idealizou e produziu a peça "H.I.A.T.O". O que achou da experiência?
Foi incrível. Atuar e produzir, sabendo que aquela peça é sua, traz um amadurecimento muito grande para o ator. Porque é complicado você ter de entrar em cena e zerar todos os problemas de produção. E descobri que é uma coisa que eu posso fazer, porque, no final, deu tudo certo. No dia da estréia, fiquei muito emocionada vendo que estava mesmo acontecendo. Isso não tem preço.

(Por Louise Araújo)

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