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16/09/2008 - 18h04

Marcos Palmeira retorna às novelas como o viúvo Bento de "Três Irmãs"

Do PopTevê

Luiza Dantas/Carta Z Notícias

Multimídia, Marcos Palmeira está
de volta à TV em "Três Irmãs"

Nos últimos dois anos, Marcos Palmeira não fez outra coisa senão se dedicar ao cinema e à série "Mandrake", produzida pelo canal por assinatura HBO em parceria com a Conspiração Filmes. Por isso, voltar à TV em "Três Irmãs" está tendo um significado especial para o ator, que estava longe dos estúdios desde "Belíssima", onde deu vida ao honesto delegado Gilberto. "Comecei a ouvir das pessoas que elas estavam sentindo falta de me ver na TV. E isso me despertou", confessa ele, que ficou ainda mais entusiasmado para voltar aos "sets" de gravação ao conhecer o perfil de Bento. "Ele é um ortopedista gente fina e ligado ao meio ambiente. Tem uma horta orgânica em casa e trabalha com energia alternativa. Se parece muito comigo", define.

Tantas semelhanças com o ator - que mantém há 11 anos uma fazenda em Teresópolis, Região Serrana do Rio, onde produz alimentos sem uso de agrotóxicos - foram fundamentais para a composição do médico. O protagonista sofre um grande trauma com a perda da mulher logo nos primeiros capítulos da trama de Antonio Calmon. "Apesar dele não ter humor, está sendo muito divertido de fazer", conta Marcos Palmeira, que ficará responsável pelos momentos românticos da novela, ao lado de Cláudia Abreu, que vive a desprendida Dora.

Outra característica que deixou Marcos Palmeira ainda mais à vontade com o personagem foi saber que ele teria dois filhos na história: a madura Rafinha (Thavyne Ferrari) e o carinhoso Lucas (Matheus Costa). Afinal, é a primeira vez que o ator vive um pai depois de ter filho. "Sem dúvida, depois da Júlia, sinto mais conforto para fazer um pai. Hoje entendo melhor a relação de amor entre pai e filha", admite ele, referindo-se à filha de 11 meses com Amora Mautner, diretora de "Três Irmãs".

Pergunta - De uns tempos para cá, você tem feito inúmeros personagens heróicos, seja no cinema ou em "Mandrake". O Bento é mais um deles. Teme ficar rotulado como "o herói da história"?
Marcos Palmeira - Não. Na verdade, gosto de estar fazendo. Já sou muito crítico com o que faço. Para mim é sempre difícil um personagem novo. Mas estou me apegando, cada vez mais, ao prazer de fazer, em estar à vontade, mesmo sabendo que vou ser criticado, como também critico. Quando assisto à novela, sempre tenho um comentário: é um cabelo, é uma barriga, é uma camisa. Acho que todos nós somos críticos de televisão.

Pergunta - Mas você se frustra por nunca ter interpretado um grande vilão?
Marcos - É claro que gostaria de fazer um cara do mal. Seria interessante, até mesmo para me exercitar como ator, fazer o "mau da fita", como se diz em Portugal. Mas não me sinto frustrado. Aliás, não tenho nenhuma frustração na minha carreira. Agora, por exemplo, estou tendo a oportunidade de atuar em "Três Irmãs" e ao mesmo tempo na peça "Virgolino e Maria - Auto de Angicos", ao lado da Adriana Esteves. Além disso, estou lançando três filmes este ano: "A Mulher do Meu Melhor Amigo", "Quase Um Tango Argentino" e "JK - Bela Noite Para Voar". Me sentir frustrado seria uma loucura.

Pergunta - Falando em filmes, você já declarou certa vez que, se pudesse, só faria cinema. Continua pensando assim?
Marcos - Se tivesse uma política cultural bem definida no Brasil, acho que sim. Afinal, não é só dinheiro para fazer o filme. Tem de ter dinheiro para lançar e manter as salas de exibição. Mas adoro fazer cinema tanto quanto adoro fazer televisão e teatro. Estou amando fazer essa peça com a Adriana. É um trabalho totalmente diferente de tudo que já fiz. Sem falar que me dá a oportunidade de me reciclar. Enfim, acho que estou em uma fase boa.

(por Carla Neves)

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