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05/09/2008 - 17h00

Carla Regina embarca no universo mutante como a Rainha Formiga

Do PopTevê

Luiza Dantas/Carta Z Notícias

Carla Regina mostra sua sensualidade em "Os Mutantes"

Carla Regina jura que já viu um disco voador. "Foi em Cachoeira de Macacu, há uns sete anos", relata. Mas, apesar da experiência inusitada, a atriz, que vive a Rainha Formiga em "Os Mutantes - Caminhos do Coração", conta que nunca se interessou pelos assuntos abordados na trama, como experiências genéticas, mutações, monstros, vampiros, entre outros. Ainda sim, aceitou de cara o convite para o que seria apenas uma participação de quatro capítulos. "Sou muito de arriscar e ver qual é. Além do mais, acho audacioso esse projeto da Record de falar: 'vamos lá, é nisso que a gente acredita'", pondera a atriz, no ar há cerca de dois meses.

Para encarnar a líder do formigueiro, que só pensa em copular, vão-se cerca de duas horas de preparação. Além do figurino, composto por uma capa para lá de pesada, vários penduricalhos e lentes de contato vermelhas, Carla também tem de ter paciência na hora de se maquiar. Afinal, sua pintura é em todo o corpo, com uma tinta especial e detalhes que imitam a anatomia das formigas. "Para tirar é complicado. Já quase fui embora com as lentes. Outro dia parei em um posto de gasolina e tive de avisar que estava vindo de uma gravação", recorda, aos risos.

Mas a fase "mutante" da atriz de 30 anos deve acabar em breve. Afinal, Carla é um dos nomes confirmandos no elenco de "Vendetta", novela de Lauro César Muniz que substituirá "Chamas da Vida" na Record. Embora ainda não saiba detalhes da personagem, Carla se mostra empolgada com aquela que será sua quinta novela da emissora. "É minha prioridade, porque sou contratada", pondera a atriz, que ainda deve atuar no longa "Pedaço de Santo", do Marco Simas, em 2009.

Pergunta - A Rainha Formiga esbanja sensualidade. Como é a repercussão nas ruas e de que forma esse seu lado influenciou sua carreira?
Carla Regina - É engraçado. Os homens me cantam muito, me chamam para copular. Mas essa é apenas a minha segunda personagem sensual. A outra foi a cortesã Lúcia de "Essas Mulheres'. Em "Mandacaru", cortei o cabelo a faca no terceiro capítulo. A Manchete ousava no sexo, na sensualidade, mas na minha personagem isso não ficava evidente. Nunca usei isso para os papéis.

Pergunta - Depois de ter atuado em "Cidadão Brasileiro", você ensaiou uma volta à Globo. O que aconteceu?
Carla - Com o fim da novela, meu contrato estava terminando e não chegamos a um acordo. Fui dar uma volta na Globo, e a convite do Lombardi fiz "Guerra e Paz". Depois, o Milani me chamou para "Casos e Acasos". Nesse período, o Hiran Silveira me procurou e me convidou novamente para a Record. O bom filho sempre à casa volta. Eu adoro, visto a camisa. A Record está num momento especial. Sou fã mesmo. Não é bajulação de funcionária.

Pergunta - Por falar nisso, você atuou em quase todas as emissoras do país...
Carla - Pois é. O Walter Avancini foi quem me colocou na TV, acreditou no meu trabalho e me deu a primeira protagonista, a Diva de "Tocaia Grande", na Manchete. Fiz também SBT, Globo e Record. A Globo nunca me deu papéis como os que recebi fora dela. Não sei se posso dizer que fui desvalorizada, mas acho que eles perderam uma atriz dedicada. Também nunca tive essa coisa de Globo. Tem gente que diz que está contratado lá para não assinar com outras emissoras. Eu vou atrás de bons papéis. Fiz cangaceira, heroína, só nunca fiz uma grande vilã. Estou experimentando agora com a Rainha Formiga.

Pergunta - E quais são os papéis que te instigam a interpretar?
Carla - Gosto de personagens com conteúdo, que tenham um signo, um cheiro. Não curto chegar, fazer e só. Quero marcar. Não preciso de protagonistas, mas quero papéis com história, fundamento. Sou uma atriz visceral, entro de cabeça.

(por Fabíola Tavernard)

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