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03/09/2008 - 17h00

Cauã Reymond alterna humor e drama na pele do Halley de "A Favorita"

Do PopTevê

Pedro Paulo Figueiredo/CZN

Cauã Reymond é o adorável cafajeste Halley em "A Favorita"

No início de "A Favorita", Cauã Reymond se incomodava quando tentavam comparar o mulherengo Halley com o sensual Mateus, papel que interpretou em "Belíssima" há dois anos. "Tanto o Halley quanto o Mateus são cafajestes. Só que a forma como os dois se mostram ao mundo é muito diferente", frisa. Hoje, depois de três meses no ar, o ator não se preocupa mais com as comparações. Pelo contrário. Ele garante que já comprovou que os dois papéis são diferentes, principalmente na maneira como se relacionam com o público. "O Halley é, por si só, um personagem bem-humorado. Ao contrário do Mateus, que era mais 'down'", compara.

O humor, aliás, foi o grande trunfo do ator na hora de compor o ambicioso rapaz. Afinal, apesar de unir drama e comédia, Halley pende muito mais para a graça. "Não é à toa que ele sempre aparece no meio da novela. É um ponto de válvula de escape da trama", opina. As situações cômicas ficam ainda mais evidentes quando o personagem tenta se livrar das tramóias em que se mete. Seja no envolvimento com as mulheres, seja tentando enriquecer a qualquer custo.

Ao contrário de boa parte dos atores - que consideram a comédia mais difícil de ser feita do que o drama -, Cauã vê o humor com outros olhos. "Fazer comédia não é algo que o ator queira ou não. É o público que decide se você é ou não engraçado", defende ele, que admite nunca ter estudado a respeito do gênero. Mas, apesar de não ter se especializado no assunto, o ator não tem feito feio. Principalmente nas cenas em que Halley interage com o homossexual enrustido Orlandinho (Iran Malfitano), que é apaixonado por ele. "Mas também o João Emanuel conduz o ator muito bem para a comédia!", elogia, referindo-se ao autor da novela.

Além de despertar o amor do carente Orlandinho, Halley também encanta a doce Lara (Mariana Ximenes) e a interesseira Maria do Céu (Deborah Secco). "Quando recebi a sinopse, já sabia que o personagem começaria cafajeste e cômico e, só depois de alguns capítulos, caminharia para um lado mais dramático", lembra, ressaltando que está sendo muito bem-recebido nas ruas. "Tenho recebido bastante elogio do público. Mas o mais bacana é que também tenho sido elogiado pelos colegas de elenco", derrete-se.

Inspiração e sagacidade

Para construir o personagem, Cauã teve duas inspirações bastante diferentes: o trabalho do galã Jean-Paul Belmondo, no filme "Acossado", de Jean-Luc Godard, e o estilo do rapper Tupac, ou 2pac, como ficou conhecido popularmente. "O Halley tem essa coisa de menino de rua, que se deu mal na vida, mas tem de sobreviver", descreve. Hoje o ator se diz bem mais maduro do que quando estreou na TV, em 2001, na pele do garotão Mau Mau de "Malhação". "Hoje estou mais seguro. Já sei o que posso dar ou não a um personagem", admite.

Justamente por saber que hoje está mais "sagaz" do que há sete anos, Cauã tem se sentido mais à vontade para se aventurar em outros veículos. No cinema, desde 2004, fez três longas: "Ódiquê?", "Falsa Loura" e "Se Nada Mais Der Certo", previsto para estrear ainda este ano. "O cinema e o teatro me enriqueceram como ator. É como se eles tivessem dado mais cores ao meu trabalho", acredita. Apesar de feliz com as experiências, Cauã admite ter um carinho especial por seu mais recente trabalho. "O Halley é um grande personagem na minha vida", conclui o incansável rapaz, que vem emendando uma novela atrás da outra desde 2001.

(por Carla Neves)

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