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19/08/2008 - 17h40

Elizângela diz que se identifica com a cafetina Cilene, de "A Favorita"; leia entrevista

Do PopTevê

Pedro Paulo Figueiredo/CZN

A atriz Elizângela, que diz se identificar com a cafetina Cilene

Antes mesmo de a cena da revelação da assassina de "A Favorita" ser gravada, Elizângela já tinha certeza de que a culpada do crime seria Flora (Patrícia Pillar). "Para mim, sempre foi a Flora. Achava muito difícil alguém manter tanta doçura depois de passar 18 anos na prisão", argumenta. Intérprete da única testemunha do assassinato da trama de João Emanuel Carneiro, desde o início, a atriz desconfiava do jeitinho meigo e desenxabido da ex-presidiária.

E não via em Donatela, de Cláudia Raia, nenhuma característica que a incriminasse pelo trágico fato. "A Donatela sempre foi uma pessoa de se expor muito e de falar tudo o que pensa. E esse não é um comportamento de quem trama, de quem é ardiloso", completa ela, que, depois de anos, está vivendo uma personagem que une drama e comédia.

Teorias à parte, desde que o mistério veio à tona, Elizângela tem apenas uma certeza. "A partir de agora, tudo pode acontecer. Nunca sei o que vou encontrar quando recebo o texto", conta. A atriz também acredita que a novela está cativando o público, já que não passa despercebida nas ruas. "O público está muito próximo. Sinto que está acompanhando a novela porque sempre quer saber a minha opinião", revela.

Divulgação

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Elizângela em cena em
que Cilene é presa na novela

Elizângela também está feliz por interpretar um papel que tem pinceladas dramáticas, já que vinha fazendo apenas papéis cômicos. "Está sendo maravilhoso juntar drama e humor", diz. Bem-humorada, Elizângela confessa que se identifica bastante com o jeitão de Cilene. Assim como a cafetina, ela é apaixonada pela filha e leal às amigas. Tanto que ficou muito tocada quando Donatela rompeu com Cilene por ela ter mudado o depoimento sobre o assassinato que move a trama. "Saí moída da cena em que elas brigam. Porque amizade é uma coisa que você escolhe. E ter de abrir mão disso por algum motivo, seja ele qual for, mexe muito comigo", reconhece. Por se parecer tanto com a dona do bordel no que diz respeito a valores como amizade e lealdade, Elizângela torce para que ela tenha um final digno. "Também quero que a personagem continue tendo o mesmo destaque dentro da trama", diz.

Enquanto tenta adivinhar os rumos de Cilene nos próximos capítulos da novela - "acho que ela ainda guarda muitos segredos"-, Elizângela dá a sua versão para o que mexeu tanto com a personagem a ponto de fazê-la mudar o seu depoimento na história. "Sinto que tem alguma coisa a ver com o Halley", palpita ela, que, apesar de ter mais de 40 anos de televisão, admite ter encontrado dificuldade na hora de compor a cafetina. "Foi difícil construir um papel cercado por personagens que ora pendiam para o Bem, ora pendiam para o Mal", confessa.

(por Carla Neves)

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