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15/07/2008 - 19h02

Cláudia Ohana diz que se inspirou em "Kill Bill" para compor caminhoneira de "A Favorita"

Do PopTevê

Divulgação

A atriz Cláudia Ohana interpreta a caminhoneira Cida na novela A Favorita

Cláudia Ohana está aproveitando a história da caminhoneira Cida, sua personagem em "A Favorita", para matar as saudades da época em que podia ser "filha". A atriz, que fora dos estúdios já é avó, perdeu os pais muito nova. Por isso, desfruta cada "bronca" e conselho que Coppola (Tarcísio Meira) tem a oferecer para a "ovelha negra" da família para relembrar os tempos em que podia contar com o "colo" maternal. "Já não sou filha desde os quinze anos e sinto falta da relação de pai e filho. Isso ainda me pega e me emociono quando gravo estas cenas", revela.

Como se não bastasse a relação familiar da ficção, envolvendo os personagens de Ohana e Tarcísio Meira, esta novela traz uma peculiaridade à rotina da atriz. O autor da trama, João Emanuel Carneiro, é seu meio-irmão, o que permite um envolvimento diferente na relação entre personagem e intérprete. "É um privilégio e eu começo a ver a novela de uma forma diferente, já que passo a torcer para que a história toda vá bem. Leio todos os capítulos e assisto", conta a atriz, que aproveita para adiantar que o parentesco não faz com que o irmão lhe conte tudo o que vai acontecer na trama. "É sempre bom ter uma 'surpresinha' com os capítulos", acrescenta.

Trabalhar com família já é rotina para a atriz, que começou a carreira no cinema trabalhando ao lado da mãe, Nazareth Ohana, uma conhecida montadora de cinema. Dali em diante, ela já trabalhou com a enteada, a filha Dandara, a prima e com o ex-marido, o diretor Ruy Guerra. "Minha família tem muita gente do meio artístico, mas esta é primeira vez que tenho essa relação com o autor. Por isso, estamos começando a nos conhecer como autor e atriz", conclui.

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Cida, a ovelha-negra da família, em seu caminhão

Pergunta - Você acabou de fazer "Malhação", uma novela adolescente que tem histórias muito diferentes de uma novela das oito. Como fez esta transição?
Cláudia Ohana - Novela das oito é muito mais densa, a interpretação é mais naturalista. "Malhação" tinha um tonzinho acima, mais para o humor. Lá, era mais brincadeira, enquanto aqui você tem uma personagem mais forte. Ela sofre e tem um passado do qual as pessoas a condenam. A Cida é a "ovelha negra" da família que aprontava, mas que ,apesar da rebeldia, tem um bom caráter.

Pergunta - Que preparação você fez para viver uma caminhoneira?
Cláudia - De início, fiz aulas para aprender a dirigir o caminhão. Além de um instrutor para auxiliar na direção, a produção da novela encontrou uma caminhoneira --o que não é uma missão fácil-- para me explicar melhor a rotina dela. Fora a preparação de perfil da personagem, intensifiquei a malhação. Além disso, peguei heroínas fortes do cinema que parecem desenhos animados como a personagem de Uma Thurman em "Kill Bill" ou a Lara Croft, vivida por Angelina Jolie em "Tomb Raider".

Pergunta - Você é baixinha, tem um tipo "mignon". Como faz para passar a segurança que a personagem exprime?
Cláudia - Tenho sorte de parecer um pouco maior no vídeo, mesmo que seja pequena. Para passar ainda mais essa impressão estou forçando minha voz mais para o grave. Mas acho que é uma questão de atitude mesmo, de se colocar para dar força à personagem. A gente pode tirar como exemplo a própria Lília Cabral, que é muito maior que eu e cuja personagem é frágil.

Pergunta - Você já fez muito teatro e cinema. Como concilia com a correria de uma novela das oito?
Cláudia - Antes da novela eu estava fazendo um espetáculo. Acho que hoje em dia para fazer televisão você tem de se dedicar. É muito difícil fazer outras coisas ao mesmo tempo. Estou querendo me dedicar à Cida. Planejo fazer um musical para o ano que vem, mas este ano é de "A Favorita".

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