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08/04/2008 - 09h00

Bianca Comparato é pequena em tamanho, mas grande em personalidade

Do PopTevê

Divulgação / TV Globo

Apesar da pouca idade, Bianca já interpretou personagens fortes

O pequeno porte e o semblante angelical de Bianca Comparato escondem uma personalidade forte. A atriz, que vive a Luiza de "Beleza Pura", mostra confiança ao falar sobre sua instável personagem, projetos e a carreira que, apesar de recente, traz tipos marcantes como a Maria João de "Belíssima" e a Inês do filme "Anjos do Sol". "É meio louca essa profissão. Você vive uma mentira com muita verdade", afirma a jovem de 22 anos.

Por aí, dá para perceber que Bianca é daquelas que levam a sério o processo de composição de personagens. Tanto que ao ler a sinopse de Luiza, ela não teve dúvida e começou pelo maior problema da estudante: as espinhas. Como tem 17 anos, Luiza sofre deste "mal" que aflige muitos adolescentes e deixa que isso a abale profundamente. "Quando a pele dela piora, tudo vira drama. Ela nem sai de casa, é super insegura", define.

Assim, Bianca - com uma pele de pêssego - logo se inteirou dos "truques" que deixariam sua pele nada saudável. "Eles usam um produto que vem de Los Angeles. É como se fosse uma massa que dá o aspecto desejado", conta ela que, junto com a figurinista, também ajudou a escolher peças indispensáveis no guarda-roupa da personagem: macaquinhos e tênis All Star. "Procuramos roupas despojadas, que combinam com ela".

Aparências à parte, Bianca se preocupou em definir o "interior" de Luiza. Para isso, fez aulas de expressão corporal - para encontrar a melhor maneira de caminhar -; de voz, para diminuir o sotaque carioca, e simulou a perda da própria mãe, já que nos primeiros capítulos Luiza perde a mãe em um acidente de helicóptero. "Nunca perdi alguém tão próximo. Só meu avô, mas eu era muito nova. Músicas também me inspiram", pontua.

Filha do escritor Doc Comparato, Bianca adoraria interpretar personagens de Shakespeare, como Julieta, e, é claro, alguma criação do pai. "Nunca imaginei que ele fosse ser tão coruja quanto está sendo", diverte-se. Inquieta, a moça diz que já tem três trabalhos em vista para depois da novela, todos no cinema ou teatro. "Quando entro numa coisa, penso: 'Ótimo! Mas o que vou fazer depois?', brinca ela, que cursa Comunicação Social com habilitação em Cinema na PUC do Rio de Janeiro.

Divulgação / TV Globo
Bianca e Monique Alfradique
Pergunta - Luiza e Fernanda, vivida por Monique Alfradique, se odeiam. Já houve até agressão física entre elas. Como é gravar este tipo de cena?
Bianca - A gente ensaia muito, coreografa a luta, mas na hora do "gravando" é tapão mesmo para ficar verdadeiro. Fazemos muita coisa deitadas no chão, uma em cima da outra. Temos técnica, nos protegemos com o braço... Mas como ninguém morre por causa de um tapa, selecionamos alguns e fazemos para valer. Também tem muito puxão de cabelo, que fazemos de um jeito que ninguém se machuca.

Pergunta - Muitos atores dizem que, pela diversidade de emoções que vivenciam através dos personagens, enxergam a profissão como um processo terapêutico. Pelos vários conflitos e inseguranças da Luiza, você concorda com isso?
Bianca - Se você está em um período ruim e seu personagem também está passando por alguma dificuldade, até dá para transferir aquilo para o trabalho, mas tem de ser bem pensado para não perder a cena. Tem a marca, o tempo, o texto... Então é você quem controla a cena, e não suas emoções. As cenas com maior carga emocional, aliás, são as mais difíceis, porque ambiente de novela é disperso... Mas adoro quando vejo um resultado que me dá orgulho.

Pergunta - Você começou a carreira após se sair bem nas aulas de teatro da Escola Britânica e ganhar uma bolsa de estudos para cursar interpretação na Inglaterra. Tem vontade de seguir carreira internacional?
Bianca - Sem dúvida, até porque tenho inglês fluente. Mas é uma coisa para o futuro. Quero fazer carreira primeiro no meu país, ser reconhecida e ter estabilidade para depois tentar, porque lá é meio um cassino. Eu não sei como funciona o mercado lá, mas chegará uma hora em que vou tirar um ano e tentar.

(por Fabíola Tavernard)

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