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15/10/2007 - 22h12

Minissérie "O Sistema"estréia em novembro na Globo com "humor e ficção científica"

Da Redação

Divulgação / TV Globo

Ney Latorraca é o vilão no seriado

A Globo escolheu uma moderna loja de informática para divulgar a minissérie "O Sistema", que estréia em 2 de novembro. A emissora diz que o programa, que terá seis episódios terá "ação, comédia, aventura, ficção cientifica e muito suspense".

Ney Latorraca, Selton Mello e Graziella Moretto protagonizam "O Sistema", que tem roteiro de Alexandre Machado e Fernanda Young ("Os Normais") e direção de José Lavigne.

A trama gira em torno do fonoaudiólogo Matias (Selton Mello). Ele compra um relógio digital nas mãos de um camelô no centro do Rio de Janeiro e sofre para fazê-lo funcionar. Irritado, liga para a central telefônica da empresa e pede ajuda para fazer o aparelho funcionar. Como não possui nota fiscal, tem seu pedido negado.

Do outro lado da linha está Regina (Graziella Moretto), uma operadora de telemarketing em busca de aumento salarial para pagar as contas do pai no hospital. Ela consulta sua supervisora, Greta (Betty Golfman), e acaba ligando para Matias.

Como ele está nervoso com a situação, humilha a telefonista. Assim, a empresa resolve apagar todos os registros e dados do fonoaudiólogo, e o coloca "fora do sistema", liderado por Katedref (Ney Latorraca) e Valquíria (Zezé Polessa), sua secretária.

Segundo Fernanda Young, atualmente, todos sofremos com esse tipo de paranóia. "Achamos que somos vítimas do sistema o tempo todo, como ver seu cartão preso no caixa eletrônico", disse. Já Machado acredita que é essa é uma história "engraçada e terrível". "Como a própria vida."

Quem mais mostrou entusiasmo na coletiva de imprensa foi Maria Alice Vergueiro, que ficou popular na Internet com o curta "Tapa na Pantera". Ela interpreta Leda, a secretária de Matias. "O que mais me amarrou foi a sátira", disse. "Me lembra muito os anos 60. Todos tínhamos aquela utopia de salvar a humanidade. O texto é muito jóia e estou encantada de voltar a trabalhar na TV desta forma, com uma equipe que ajuda tanto."

Ney Latorraca e Zezé Polessa concordam. "Estou na Globo desde 1973, então tenho a sorte de escolher o que eu gosto. E está sendo genial. Um exercício de dramaturgia", disse o ator. "Eu adorei o texto. Gosto muito de fazer comédia na TV, mas não lia nada tão divertido e interessante até encontrar esse roteiro. Eu tinha ódio daquelas placas 'Sorria, você está sendo filmado'. E isso me ajudou bastante na personagem", brincou Polessa.

Sem inovação, com novos nomes
"Não temos essa prepotência de pensar que 'O Sistema' vai revolucionar a TV", disse Mello. Já o diretor Lavigne afirma que "a preocupação não é inovar, e sim fazer algo com que a gente se identifique".

Mello também mostrou muita confiança na dupla de roteiristas, pois é a terceira vez que trabalha com eles. "Depois de 'Os Aspones', passei a ter mais liberdade no processo criativo. Gosto de dizer as palavras que eles escrevem e me identifico muito com o humor deles", afirmou.

E uma das exigências feitas pelo ator para participar de "O Sistema" foi que houvesse atores novos. "A escalação das novelas está viciada. Sempre são as mesmas pessoas. Por isso quis trazer novos nomes para não ser óbvio".

O trio de novatos é formado por Maíra Dvorek, Gregório Duvivier e Lúcia Bronstein. "Foi como estrear na Seleção Brasileira", brincou o único homem. "Estamos onde existe TV inteligente."

Para Young, o desafio foi trabalhar com um texto diferente dos anteriores, como "Os Normais" e "Minha Nada Mole Vida". "Adoramos essa dificuldade de sair da nossa zona de conforto, perverter aquilo que parece fácil", finalizou.

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