UOL Entretenimento Televisão

21/09/2007 - 18h00

Eliane Giardini atribui o sucesso de seus papéis à fama tardia na TV

Do PopTevê

Divulgação

Eliana Giardini começou a chamar atenção após a novela "Renascer"

Atualmente no ar como a misteriosa Pérola de "Eterna Magia", trama das seis da Rede Globo, Eliane Giardini atribui tamanha aceitação do público ao fato de ter começado a ser reconhecida quando já estava na maturidade. "Aprendi a me libertar do ego, dessa coisa ambivalente de querer dar satisfação para Deus e o mundo, de não querer mostrar fragilidade. E talvez isso seja percebido pelas pessoas no meu trabalho", acredita.

Desde que despontou na TV como a forte Dona Patroa da novela "Renascer", exibida em 1993, Eliane sempre emplaca personagens de sucesso. Prova disso é a simpatia que conquistou junto ao público como a implicante Nazira, de "O Clone", e a viúva Neuta, de "América".

Completamente adaptada ao clima sobrenatural da novela, Eliane conta que se interessa por Psicologia, Filosofia e Física Quântica há muitos anos. "Sempre tive curiosidade sobre o mundo da magia. Tudo que é invisível deixa marcas profundas na vida das pessoas", afirma.

Se a atriz conhece bem o universo místico, pouco sabe sobre os segredos de sua personagem no folhetim de Elizabeth Jhin. "Esta novela, mais do que as outras, tem muitos segredos. Fico esperando os blocos de capítulos avidamente para ver se descubro algo aqui ou ali", revela, aos risos.

Serena e madura, Eliane confessa que não se deixa contaminar pelo baixo Ibope da novela. Ela acredita que, por conta da não-aceitação do público e da audiência aquém do esperado, foram feitas algumas mudanças infelizes. "Como houve um problema em relação à magia, às vezes fico com uma pequena sensação de perda, do que poderia ter sido se não tivesse tido essa rejeição", lamenta.

Pergunta - Desde que estreou, "Eterna Magia" sofreu mudanças por conta da baixa audiência. Isso influenciou de alguma maneira o seu trabalho?
Elaine Giardini - O meu trabalho, particularmente, acredito que não. Mas eu sempre fico com a sensação de que a Elizabeth Jhin não pôde fazer o que talvez gostaria. Novela não é uma obra fechada, não é uma minissérie. É algo que vive da aceitação e da rejeição do público. Isso faz parte do jogo. Então, acho que se frustrar é uma besteira. Porque o jogo é esse. Todo mundo sabe que uma novela funciona assim.

Pergunta - O que faz você dizer sim a um papel?
Elaine - Na verdade, nem é tanto o papel. Porque sei que, em uma novela, o personagem é quase como uma massa de modelar. Sei que, bem ou mal, ele vai acabar se transformando no meio do caminho. O que mais me interessa é o autor, o diretor e o elenco. Porque, mais que do que o resultado, eu gosto do processo. Gosto de fazer novela, independentemente do seu resultado. Gosto de conviver com as pessoas, de conhecê-las, de me deixar influenciar por elas, de influenciá-las. Gosto é disso, do dia-a-dia.

Pergunta - E para influenciar o público, o ator precisa de estudo ou de talento?
Elaine - Talento independe do estudo. É possível encontrar um belíssimo ator analfabeto. Existe porque já vi. A capacidade de fazer você acreditar que essa dor é minha é inata. Mas acredito que, quanto mais o ator ler, quanto mais ele estudar, quanto mais ele se informar, mais sutilezas e possibilidades ele dará aos seus personagens. Acredito que quanto mais estofo o ator tiver, mais ricos serão os seus papéis.

Pergunta - Você já tem algum plano em mente para depois que a novela terminar?
Elaine - Preciso ficar um tempo parada. Procuro sempre manter pelo menos uns seis meses de distância entre uma novela e outra. Tenho alguns projetos de teatro, mas nada que já possa confirmar.

(por Carla Neves)

Compartilhe:

    Hospedagem: UOL Host