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04/09/2007 - 18h13

"Tive que aprender a viver sem vaidade", diz Fernanda Souza, que está em "Toma Lá, Dá Cá"

Do PopTevê

Jorge Rodrigues Jorge/CZN

Fernanda Souza: mais magra e com cabelos loiros e compridos

Fernanda Souza chega para a entrevista com um longo e vaporoso vestido branco e sandálias rasteiras. O visual despojado que a atriz exibe com certeza seria alvo de algum comentário malicioso de sua atual personagem, a voluntariosa Isadora de "Toma Lá, Dá Cá". "Não temos mesmo nada em comum, só o corpo. Até o cabelo é da Isadora!", diverte-se a jovem. Explica-se: para compor o estilo da patricinha adolescente, Fernanda teve que se submeter ao "megahair", uma técnica de alongamento capilar, além de clarear as madeixas.

Moradora da Barra da Tijuca, bairro da Zona Oeste do Rio, há 8 anos, ela conta que teve oportunidade de encontrar muitas "Isadoras" nos anos de colégio. "A personagem é um exagero, claro. Mas não é difícil lembrar que essas meninas usavam umas roupas bem decotadas, falavam de um jeito mais "mole"...", diverte-se.

Definitivamente, uma mudança radical para quem, até pouco mais de três meses atrás, dava vida a uma professora gordinha em "O Profeta". A desajeitada Carola ganhou a simpatia do público e revelou o gosto da atriz pelos personagens que exigem entrega. "Eu visto a camisa de verdade. Cada vez mais quero papéis diferentes, que me estimulem a criar coisas novas", explica.

Para afiançar que não se trata de puro marketing, pode-se apontar os sete quilos que a atriz paulistana adicionou à silhueta na época. Ou então, o corte de cabelo sem imaginação que exibia, além das roupas nada glamurosas usadas em meio a um elenco com trajes impecáveis. "Tive que aprender a viver sem vaidade, a não me achar bonita na TV e ficar numa boa. Precisava me preocupar mais com minha interpretação", avalia. Um processo nada fácil, mas que rendeu críticas positivas e que ela também aprovou. "Valeu a pena, porque o resultado ficou mesmo diferente", garante.

A atenção especial dedicada à atuação tem sido uma constante para Fernanda. Quando o assunto é teatro, por exemplo, ela é taxativa ao explicar o que faz dela, elogiada na TV, uma atriz pouco assídua nos palcos. "Não me disponibilizo a trabalhar com quem não me acrescenta nada", diz secamente. Com duas peças no currículo - "Beijo de Verão" e "Os Melhores Anos de Nossas Vidas", ambas de Domingos de Oliveira -, ela não tem meias-palavras para defender seu posicionamento. "Só entro em um projeto se me fizer aprender, porque nunca fiz teatro para ganhar dinheiro. Praticamente pago para fazer", defende.

O discurso sério de uma atriz tão jovem, que acaba de completar 23 anos, é, em parte, reflexo das quase duas décadas de carreira. Iniciada no mundo do entretenimento aos 5 anos, quando começou a fazer comerciais, Fernanda faz coro com outros atores que só vêem vantagens em crescer diante dos refletores. "As pessoas acham que perdi alguma coisa. Talvez, mas também ganhei muito. Aprendi demais nessa época", relembra.

A experiência garantiu tranqüilidade quando Fernanda integrou o elenco de "Malhação". Ela, que durante dois anos esteve em "Chiquititas", do SBT, já estava escolada no que os colegas começavam a aprender. "Pode não parecer, mas isso faz uma diferença enorme para o ator", explica.

Saber se posicionar em frente às câmaras, diz ela, influencia o que o telespectador vê mais do que se imagina. "Estar no ponto certo, sob a luz certa, permite que o público veja o seu olhar e entenda a sua mensagem", ensina. "A chance que alguém me deu lá atrás está refletindo até hoje. Serei sempre grata a quem apostou em mim", assegura.

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