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19/04/2007 - 20h00

"Vanessa é uma garota-propaganda da Lei de Gerson", diz Flávia Alessandra; leia mais

Do PopTevê

Divulgação / TV Cultura

A ex-Miss Carapicuíba gosta
de levar vantagem em tudo

Dia desses, Flávia Alessandra deu de cara com sua personagem Vanessa, de "Pé na Jaca". A atriz tinha ido a uma padaria para um lanche frugal. Chinelinho nos pés, shorts, camiseta branca e bem ali viu uma figura parecidíssima com a ex-miss da novela das sete. "Fiquei admirada ao ver aquela moça ali. Surpresa mesmo. Ela se vestia, se portava e caminhava feito a Vanessa", conta a atriz.

O encontro entre "criador e criatura" durou apenas alguns segundos, mas deu a Flávia a certeza de que sua garota dourada, como costuma chamar a personagem, aconteceu. "As pessoas gostam dela e não a vêem como vilã. Nem eu. Acho que ela está mais para uma garota-propaganda da Lei de Gerson: gosta de levar vantagem em tudo", argumenta.

Para dar vida a Vanessa, Flávia recorreu a referências visuais. Chamada às pressas para substituir Luana Piovani, que se desentendeu com a direção da novela, a atriz teve pouco tempo para todo o processo de elaboração. "Sempre construo minhas personagens de fora para dentro. Montei três painéis com fotos que me remetiam ao universo dela e fiquei estudando", recorda.

Numa dessas tardes de observação, chamou a figurinista Marie Salles para juntas "tricotarem" em torno de Vanessa. "Ela tinha pensado em algumas coisas, eu também e vimos que nossas idéias batiam", diz.

Muito brilho

Depois de fazer a perversa e quase soturna Cristina, de "Alma Gêmea", tudo o que Flávia mais queria era interpretar uma mulher solar. "Eu sentia que ela tinha de ser para cima, ter uma atitude positiva na vida. Brilhar, mesmo que as coisas não estivessem tão boas", observa. Nada melhor que muito ouro para ajudar a moça a reluzir. Uma escolha que chamou tanta atenção que virou moda e congestiona os telefones da Central de Atendimento ao Telespectador, da Globo, com perguntas sobre onde é comprado o figurino da personagem.

"Acho que ela caiu no gosto popular, porque está no limite do chique. Mais um pouco, e ela seria uma tremenda perua", avalia Flávia. Não que ela não seja uma perua. E das bem perigosas. Para manter o alto padrão de vida que se acostumou a ter quando era casada com o aparvalhado Artur, intepretado por Murilo Benício, a moça tenta de tudo um pouco.

Já se aliou a vilões, se fingiu de boazinha, seduziu parte expressiva dos machos da história de Carlos Lombardi e partiu, inclusive, para o "golpe da barriga". "O mais curioso é que ela se mete nas coisas e no dia seguinte é capaz de jurar que nada fez. É do tipo que deve, não paga e nega enquanto puder", avalia Flávia.

O jeito de personagem de desenho animado deixou a atriz insegura no início. "É minha primeira vez com o Lombardi e não estava acostumada a essa loucura de ações. Para mim, estamos fazendo uma sitcom", explica. O processo, confessa Flávia, foi sofrido. Até entrar no ritmo, se questionou se estava no caminho certo. "Vim de muitas novelas em que uma ação só seria explicada trinta capítulos depois", justifica.

Na sinopse original, Vanessa também deveria ser uma mulher que se utiliza de seus atributos físicos para conquistar o mundo. Flávia preferiu usar a sensualidade como característica inerente à moça. "Ela já acorda pronta para o que der e vier e se utiliza disso. A sensualidade está na alma", argumenta.

A boa forma em cena acabou chamando a atenção de muita gente. Flávia acha graça de todo o burburinho que se fez acerca de sua "gostosice instantânea". "Eu sempre estive com esse corpo, mas acho que o momento reflete muita felicidade e isso ajuda a gente a ficar mais bonita", teoriza a bela atriz, de 32 anos.

Na pele de Vanessa, além de fazer o dourado virar moda de novo, Flávia tornou-se a propagandista das balzaquianas. "Estou muito melhor, menos ansiosa e mais relaxada. Se dizem então que a vida começa aos 40, eu quero é chegar lá rápido", avisa.

(por Carolina Marques)

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