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12/01/2007 - 21h30

De volta à TV em "Amazônia", Vera Fischer prepara livro de memória

Do PopTevÊ

Divulgação / TV Globo

Vera interpreta
Lola em Amazônia

Onde chega, Vera Fischer monopoliza os olhares. Seja qual platéia for. Mesmo entre os colegas de profissão, a atriz deixa um rastro de expressões, entre curiosas e embevecidas. Após 35 anos de carreira, Vera não faz mais nenhum personagem. Quando aparece, é a Vera Fischer fazendo uma cena de um jeito, ou vestida de outro.

Ela transcendeu a profissão de atriz. É uma diva. As aparições na TV, como a que faz como a cortesã Lola em "Amazônia: De Galvez a Chico Mendes", prometem ser cada vez mais raras daqui para a frente. A loura está interessada outras frentes de atuação. Vera está em fase finalizando um livro de memórioas, e, nos últimos tempos, tem se dedicado especialmente à pintura. "Já tenho mais de cem quadros prontos. Sou capaz de passar uma noite inteira sem dormir, só pintando", conta ela, já vislumbrando uma exposição.

A Vera de 55 anos ainda é capaz de espalhar sedução. Mas parece muito mais serena do que aquela que freqüentava manchete de jornais por causa de brigas, depressão ou problemas com drogas. Bem disposta, bem humorada, ela discorre sobre o novo trabalho como se fosse o primeiro.

Quando foi convidada para fazer a minissérie, nem se importou muito em saber o que faria. "Confio na Glória", derrama-se. Quando "encontrou" Lola, apaixonou-se. Tudo porque a dona do cabaré mantém um olhar quase infantil sobre tudo. "Ela é cheia de vida, tem muito amor. Acho que esse perfil dela me conquistou. Estou muito à vontade em fazê-la porque é leve e chegou num momento muito especial", avalia.

Passional

Na história, Lola é uma mulher passional, capaz dos maiores absurdos e sacrifícios pelo homem que ama, o volúvel Galvez, inrterpretado por José Wilker. "Ela é o tipo de mulher que está com ele o tempo todo. Não se importa em se deitar com outros homens para obter informações para o homem que ama. É forte e durona", observa Vera, que já estava sentindo falta da televisão. "Quando isso acontece, prefiro participar de minisséries, que são produções mais caprichadas", pondera.

Divulgação

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Lola é cortesã e amante de Galvez (José Wilker)

Para compor o perfil da personagem, Vera garante que não teve de se utilizar de muitas pesquisas. Preferiu seguir a intuição e o texto, claro. "Tudo está ali, em cada capítulo. Consegui construí-la com base no que está escrito. Todas as informações já estavam no texto", garante.

Vera também jura que não fez nenhuma dieta severa ou uma preparação física mais intensa para desfilar ousados decotes na telinha. Magérrima --do tipo que faz qualquer mortal pecar por inveja absoluta--, a atriz ainda se dá ao luxo de dizer que não faz grandes sacrifícios para manter a silhueta esguia. "Não tenho essa neura com o corpo como todo mundo imagina. Como pouco. Não tenho necessidade de grandes quantidades. Eu como chocolate amargo e geléia de laranja todo os dias", gaba-se.

Vera parece desafiar o tempo. E parte disso ela credita à infância de moleca que teve em Blumenau, Santa Catarina, onde nasceu. Até aparecer para o mundo como Miss Brasil, ela gostava de passar dias inteiros no meio do mato, brincando com a meninada na rua. "Fui muito moleca até meus 14 anos", recorda.

O tempo feliz está registrado em um livro que espera lançar este ano. Ainda sem título e sem editora, a biografia aguarda o momento de chegar às prateleiras com histórias de uma Vera que nunca se viu em páginas de revista. "Vou contar minhas peripécias", ameaça. Uma delas? "Quando era criança. Minha mãe tinha muitos vasos e dizia para eu não chegar perto de algumas plantas, entre elas uma que chama Comigo Ninguém Pode, pois era venenosa. Um dia fui lá e comi um pedaço da folha. Das duas, uma. Ou me enganaram ou sou imune aos efeitos da planta. Sobrevivi, né?", conta com ar maroto. Ninguém duvida.

(Carolina Marques)

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