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11/03/2004 - 13h11

No Brasil e no México, "reality shows" provocam uma euforia coletiva

MONTEVIDÉU, 14 mar (AFP) - Brasil e México, dois pesos pesados em termos de indústria televisiva e mercados disputados por qualquer produtora ou anunciante, foram dois terrenos férteis onde se multiplicaram os "reality shows", que viraram uma verdadeira mania e bateram recordes de audiência.

Quando "Big Brother" chegou ao Brasil, em 2002, quinhentas mil pessoas se inscreveram para participar do programa. No México, os números foram mais tímidos: 150 mil.

A chegada do "reality show" trouxe muitas expectativas. Estava arrasando os índices de audiência na Europa e nos Estados Unidos, onde na final da primeira edição, em 2001, cada 30 segundos de publicidade custavam 600.000 dólares.

O "Big Brother Brasil", transmitido pela rede Globo, se tornou uma mania nacional e atualmente lidera a audiência da emissora.

Em janeiro passado, começou a quarta edição do "BBB", com 73,9 pontos de audiência, segundo dados do Instituto Brasileiro de Opinião Pública (Ibope).

Já a concorrente SBT não pode mais exibir a "Casa dos Artistas" porque a emissora não assinou contrato com a holandesa Endemol, dona dos direitos do formato, e foi acusada de plágio.

Segundo o Ibope, o público que assiste a estes programas tem entre 25 e 34 anos de idade. O "Big Brother Brasil" dá ao vencedor um prêmio de 500 mil reais, além de contratos publicitários como modelo.

No México, o "Big Brother" e o "Big Brother VIP" - que apresenta celebridades - foram ao ar pela rede Televisa em março e julho de 2002, respectivamente.

A emissora informou que seus lucros em 2003 aumentaram 359,6 milhões de dólares, ou seja, 282,9 milhões de dólares a mais que em 2002, em grande parte graças ao importante papel que tiveram seus "reality shows".

Os programas tipo "Fama" também tiveram muito sucesso no país, onde a Televisa transmitiu uma única edição, em 2002.

Com mais sucesso, a versão da concorrente TV Azteca, "La Academia", foi ao ar de junho a dezembro de 2002 e a terceira edição está para começar.

Em julho passado, as duas primeiras gerações de "La Academia" ofereceram um concerto na capital mexicana para 120 mil pessoas.

"A audiência histórica de 'La Academia' superou os 30 pontos durante a final da primeira edição", disse à AFP uma fonte da TV Azteca.

As vencedoras das duas primeiras edições, Miriam e Erika, receberam um prêmio de 200 mil dólares cada uma, mas a maioria dos finalistas têm, segundo a fonte, pelo menos um disco gravado e outros chegam a participar de novelas.

A TV Azteca também exibiu no ano passado "O Conquistador do Fim do Mundo", em que equipes do Brasil, Estados Unidos, Chile, México e Equador participavam de várias provas físicas para chegar até o Farol do Fim do Mundo, na Patagônia argentina.

A emissora também lançou "Taxi ¿libre?", semelhante ao "Táxi do Gugu" em que um ator que finge ser taxista circula pela Cidade do México, sendo abordado por todo tipo de pessoas.

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