UOL Entretenimento Televisão
 
21/09/2010 - 08h30

Liliana Castro vive conto de fadas contemporâneo em "Ribeirão do Tempo"

PopTV
  • A atriz Liliana Castro vive a tripolar Filomena de Ribeirão do Tempo (21/9/2010)

    A atriz Liliana Castro vive a "tripolar" Filomena de "Ribeirão do Tempo" (21/9/2010)

O olhar meigo e a voz doce são apenas as primeiras semelhanças entre Liliana Castro e Filomena, personagem da atriz em "Ribeirão do Tempo", da Record. "Ela fica na dela e eu também. Além disso sou uma pessoa focada e transito bem entre mudanças", afirma. Na novela de Marcílio Moraes, Liliana interpreta uma garota pobre que morava de favor e que tinha poucos atrativos femininos, Filomena, descobriu recentemente que é herdeira de uma milionária e isso provocará uma mudança radical na vida da jovem. "Essa nova fase estava na sinopse da novela. Vê-la se realizando é bem interessante. Várias mudanças devem acontecer e acredito que algumas sejam em torno do visual da personagem", adianta.

  • Divulgação/Record

    Liliana Castro (ao centro) com Bianca Rinaldi (à esq.) e Taumaturgo Ferreira durante gravação de "Ribeirão do Tempo"

Em sua segunda novela na Record --antes ela fez "Caminhos do Coração" de Tiago Santiago--, Liliana ainda se surpreende ainda com a repercussão de "Alma Gêmea", da Globo, em 2005. "A novela era bacana, eu gostava, mas gente, eu morri no primeiro capítulo. Fiquei no espelho", diz bem-humorada sobre o fato de sua personagem aparecer no espelho como reflexo da personagem da atriz Priscila Fantin. Mas antes da novela de Walcyr Carrasco, Liliana já tinha feito novelas na Globo, e estreou na TV em 2002 com "Ilha Rá-Tim-Bum", na TV Cultura. "Já me ofereceram trabalhos quando eu estava com o foco em outro lugar e falei com dor no coração 'não vou poder fazer'. As pessoas me olham e me acham louca. Prefiro fazer tudo de forma viável, possível e inteira", diz.

Há oito anos fazendo TV, Liliana usa da diplomacia dizendo não ter um personagem predileto, mas que gosta de cada personagem em cada momento. "Para o que estou querendo trabalhar agora, acho a personagem perfeita", conta a filha de diplomata que nasceu no Equador. Na novela de Marcílio Moares, ela defende que sua personagem não tem nada de maniqueísta. "A Filomena não fica fantasiando. Ela lida com as situações conforme elas se apresentam. Esta simplicidade dela é muito boa", diz. Liliana acredita que o texto de Marcílio mostra que ninguém é o que parece ser. Para ela, o ser humano é multifacetado e isso justifica o jeito da sua personagem ter paciência zero e temperamento forte para algumas coisas e para outras ser gentil e ingênua. Ainda de acordo a atriz, a base da composição de Filomena também está ligada às experiências de vida que fornecem sutileza à interpretação. "É essa a nossa ferramenta de trabalho, a vida, não a própria pessoa, mas o entorno", explica.

A razão que leva Liliana Castro a aceitar um trabalho é a oportunidade de aprendizado que terá com o personagem. "Me deram um papel que achei muito rico. Aí eu falei: 'vou fazer, vai ser legal'", conta a atriz que define seu papel como uma mulher sem qualquer vaidade e de múltiplas personalidades. "O Zé Dumont que a define bem. Ele a chama de tripolar", lembra a atriz, entre risos, sobre o seu colega de novela que interpreta o ingênuo Romeu. Segundo Liliana, essa capacidade de aprendizado está ligada não apenas ao tipo de personagem, mas também ao
tamanho da entonação, aos gestos na TV, cinema ou no palco. "Acho essas sutilezas interessantes", avalia.

Mas é no teatro que Liliana se sente em casa. A estreia profissional da atriz aconteceu, em 1999, com a peça "As Fúrias", sob a direção de Antonio Abujamra. "O Abu é um cara muito interessante. Aprendi muita coisa", diz a atriz referindo-se ao diretor do espetáculo. No cinema Liliana também se sente bem. E é na televisão onde ela sente ter maior dificuldade. "É pelo ritmo que é diferente. Mas nessa novela estou entendendo muito mais. Estou conseguindo ser mais criativa e mais livre", comemora.

(Por Gabriel Sobreira)

Hospedagem: UOL Host