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20/09/2010 - 18h38

Elenco de "Entourage" analisa a vida dos personagens no sétimo ano da série

ANA MARIA BAHIANA
Especial para o UOL, de Los Angeles
  • Da esq. para a dir. Kevin Dillon, Jeremy Piven, Kevin Connolly, Jerry Ferrara e Adrian Grenier na première de Entourage em Los Angeles (16/6/2010)

    Da esq. para a dir. Kevin Dillon, Jeremy Piven, Kevin Connolly, Jerry Ferrara e Adrian Grenier na première de "Entourage" em Los Angeles (16/6/2010)

O que o sucesso rápido faz com alguém? O que acontece depois que se chega ao topo do mundo? E qual o impacto dessa jornada sobre as pessoas em torno do astro?

Estes são os temas centrais da sétima temporada de “Entourage”, que terminou nos Estados Unidos no dia 12, e estreia no Brasil no dia 28. “O mundo de Vince está sendo sacudido de alto a baixo, e estou adorando”, diz Adrian Grenier, há sete anos na pele do jovem ator que vira sensação em Hollywood. “Há muito tempo eu esperava e torcia por uma reviravolta assim. Não queria ser mais um bom moço. Agora acho que as plateias vão ficar sempre na beirada da poltrona, sem saber para que lado ele vai, o que ele ainda vai aprontar. É muito mais interessante assim.”

Um incidente logo no primeiro episódio, quando o diretor Nick Cassavetes convence Vince a fazer ele mesmo uma cena perigosa, sem dublês, deflagra uma reação em cadeia que, ao longo da temporada, vai envolver cocaína, estrelas pornô , um corte de cabelo radical e uma tendencia a desaparecer nos momentos decisivos de sua carreira. É um processo de autodestruição que o público já viu muitas vezes ao vivo, no mundo real , de Britney Spears a Mel Gibson, de Lindsay Lohan a Joaquin Phoenix. “A série sempre incorpora elementos da vida real”, comenta Jerry Ferrara, o Turtle de “Entourage”. “É um dos pontos mais fortes dos roteiros, a capacidade de incorporar o que está acontecendo na indústria, o modo como ela evoluiu nos sete anos em que a série está no ar.”

Não é apenas Vince que está em mutação nesta temporada. Seu irmão Johnny Drama (Kevin Dillon) ficará num beco aparentemente sem saída em sua vida profissional, obrigando-o a uma revisão radical de prioridades. “Acho que nesta temporada Drama volta um pouco a ser o velho Drama do início da série, sempre lutando, sempre se esforçando, quase sempre se dando mal”, diz Dillon. “O que é muito divertido de fazer, como ator. Drama, como personagem, é um cara que muda pouco, ele é uma linha reta, muito centrado, muito certo de que pode fazer qualquer papel. Isso é o que o torna engraçado. É um contraste com Vince, que, nesta temporada, é uma espiral fora de controle.”

Para Turtle, a temporada é uma jornada em busca da independência que vai levar a rumos inesperados. “Ele acha que é bom para uma coisa, mas na verdade aprende que é bom para outra”, conta Jerry Ferrara. “Ele é um cara que está sempre armando, sempre procurando uma brecha, e desta vez, creio, ele se mete em algo maior do que sua competência.”

Para o empresário E (Kevin Connolly) autonomia também é o tema para esta temporada – ele estará tentando se afirmar como player na indústria, capaz de não apenas controlar seu amigo-astro complicado, mas também criar novos negócios – e aprender como é a vida de casado. “Seu mundo está mudando e ele tem que mudar junto”, diz Connolly, que estreia como diretor de um dos episódios. “Sempre quis dirigir e agora tomei gosto. Já pedi para dirigir outros episódios de outras séries,e acho que vou conseguir. Afinal, tive seis anos de preparo observando como são as coisas no set.”

O agente Ari Gold de Jeremy Piven também terá sua dose de crises e catástrofes. Mas como sempre, diz Piven, “a culpa é toda dele. Ari está completamente distraído com sua trip de ‘agente mais poderoso do mundo’, quer viver todas as suas fantasias, quer entrar pelo mundo do esporte como um rolo compressor, e nem está vendo que sua vida pessoal, sua agência e um dos seus clientes mais importantes estão em crise.”

O final é feliz? “Esta é uma série sobre sonhos realizados”, diz Piven. “Não queremos deixar ninguém triste, arrasado.”

É claro que existe a possibilidade desta ser a penúltima temporada de “Entourage”. “Sim, conversamos sobre isso”, Grenier admite. “Por um lado sete anos juntos torna tudo mais fácil, porque todo mundo sabe o que fazer. Não há mais atrito, tudo está sincronizado. Por outro lado, há um limite para o que pode ser extraído de uma premissa.”
 

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