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03/08/2010 - 00h53

Violência e misticismo dão o tom de "A Cura"

FÁBIA OLIVEIRA
Do UOL, no Rio

Ricardo Leal/UOL

Selton Mello durante a coletiva de "A Cura", em restaurante da zona oeste do Rio (2/8/10)

Um seriado que mistura violência e misticismo. Assim será "A Cura", série que estreia na grade da Globo a partir do dia 10 de agosto e que substitui "Na Forma da Lei". De um lado, o cruel Silvério (Carmo Dalla Vecchia), um minerador do século 18 que adora matar. Do outro, Dimas Bevilláqua (Selton Mello), médico que saiu de Minas Gerais ainda jovem, depois de ser acusado de matar um coleguinha de escola. Mais tarde, vai descobrir que consegue curar pessoas sem fazer uso da medicina tradicional. Silvério é um antepassado de Dimas e as histórias de cruzam ao longo do caminho. "São duas tramas em dois períodos de tempos. É fascinante", contou Carmo Dalla Vecchia durante entrevista coletiva em um restaurante da zona oeste do Rio na última segunda-feira (2/8).

Quando resolve deixar São Paulo e voltar para Diamantina, sua cidade natal, Dimas começa a trabalhar no hospital local, dirigido há três décadas por Dr. Turíbio Guedes (Ary Fontoura). Em sua função, faz diagnósticos espetaculares, mas isso não faz com que parte da população mineira continua achando que Dimas é um assassino. "Essa dúvida quanto à índole do protagonista é a essência da história", explicou Marcos Bernstein, que divide a autoria de "A Cura" com João Emmanuel Carneiro.

Enquanto isso, no século 18, Silvério é capaz de cometer as maiores atrocidades em busca de ouro e diamantes. Para conquistar seus objetivos, ele maltratou escravos e enganou oficiais da Coroa. As cenas são fortes e quem não tem nervos de aço, o melhor a fazer é sair da sala. Em uma das cenas, Silvério corta a língua de um escravo. "Meu personagem é muito violento. Cheguei a sonhar que matava pessoas. Tenho certeza que as mães vão tirar as crianças da sala", apostou Carmo. 

Mas, como todo malvado, Silvério uma hora se dá mal. Ao cravar uma lança no peito de um pajé, o minerador é amaldiçoado e passa a sofrer de dores extremas. Ele passa por muitos momentos de desesperos até encontrar Ezequiel (Dyjhan Henrique), um menino que tem o dom de curar pessoas. Silvério acredita que o pequeno curandeiro vá salvá-lo, mas Ezequiel se recusa a curá-lo. "Aos poucos, as histórias vão se explicando. É uma espécie de trajetória cármica, um ajuste de contas através dos séculos", avisou João Emmanuel Carneiro.

"A Cura" é o primeiro seriado da Globo. A cada terça-feira, um capítulo é exibido. Mas, ao contrário do que acontecia com seu antecessor "Na Forma da Lei", as histórias não se fecham a cada dia. "Este é um seriado semanal com continuidade. Estamos ansiosos porque não temos esse formato feito pela televisão brasileira", lembrou Carmo.

Longe da TV há três anos, desde que fez a série "O Sistema" (2007), Selton Mello diz que está ansioso para ver a reação do público. "Cura espiritual é um assunto que atrai os telespectadores e eu estou curioso para ver o resultado. Eu mesmo tenho muita curiosidade acerca desse tema", confessou o ator.

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