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13/07/2010 - 07h00

Carol Castro encara sua primeira personagem boazinha em "Escrito Nas Estrelas"

PopTevê

Pedro Paulo Figueiredo/Carta Z Notícias

Para compor seu papel em "Escrito nas Estrelas", Carol, que sempre teve interesse em Psicologia, aproveitou para se aprofundar ainda mais no assunto

Personagens sensuais e maliciosas têm marcado a carreira de Carol Castro. Mas agora, vivendo a Mariana de "Escrito Nas Estrelas", a atriz encara seu primeiro papel do bem. O atual trabalho, inclusive, é visto por ela como a oportunidade de mostrar uma outra vertente de interpretação. "A gente sabe que é capaz de fazer coisas diferentes, mas até que surja a chance para expor isso, fica difícil para as pessoas saberem", explica. Apesar do perfil de Mariana ser novidade no catálogo de personagens de Carol, a atriz não encontrou dificuldades. "Acho que só precisa tomar cuidado para a boazinha não ficar chatinha", brinca.

Mas, na trama, Mariana está longe de encenar os traços água com açúcar, tão comuns aos papéis do gênero. "Interpreto uma mulher que não engole sapo. Sabe se impor, com educação", defende. Estudante de psicologia, a personagem ama Guilherme, de Marcelo Faria. Ele bem que está tentando se divorciar da mulher, Judite, de Carolina Kasting. Só que ela faz de tudo para atrapalhá-lo. Enquanto isso, Mariana, com todos os seus valores, apenas espera que o seu momento de ser completamente feliz chegue. "Meu papel tem uma ética que é mais forte que o amor", argumenta.

  • Pedro Paulo Figueiredo/Carta Z Notícias

    Carol Castro preferiu adotar um novo visual para sua personagem Mariana

Para compor o papel, Carol, que sempre teve interesse em psicologia, aproveitou para se aprofundar ainda mais no assunto. Além de ler "O Homem e Seus Símbolos", de Carl Jung, assistiu a filmes como "Freud - Além da Alma", de John Huston, e "O Psicólogo", protagonizado por Kevin Spacey. "Fui atrás de tudo que tinha a ver com a área. Mas acho que a gente vê o resultado mais na prática mesmo", conclui. E como Carol é do tipo que adora dar conselhos para as amigas, ela também usou essa sua característica para criar Mariana. "Gosto de ajudar os outros, de ouvir. Acho importante a amizade. Eu uso esse lado meu com a Mariana", compara.

Acostumada a usar sempre os cabelos escuros em suas personagens, Carol preferiu adotar um novo visual. A princípio, a atriz ficaria com as madeixas onduladas, mas ainda no tom castanho. Quando soube disso, Carol não pensou duas vezes e pediu para mudar. Levou, então, uma foto como referência de um corte com franja. "Não usava franjinha desde os sete anos. No começo, foi até meio chocante. Pensei: 'Ai, meu Deus! Que ideia fui arrumar!'", confessa, às gargalhadas. Mas o estranhamento passou rápido. Tanto que Carol está satisfeita com o look e se arrisca até a dizer que toparia uma transformação radical por uma boa personagem. "Cortar? Raspar? Se valer a pena, com certeza", avisa, com convicção.

Dúvida realmente é algo que passa longe da vida de Carol. Afinal, desde cedo, aos 9 anos, ela começou a fazer teatro. Mas a vontade de se tornar atriz não surgiu à toa. Filha do ator Luca de Castro, Carol teve em quem se espelhar. "Ele foi um incentivador por ser uma referência para mim", ressalta. Entretanto, o pai sempre fez questão de abrir os olhos dela sobre as dificuldades da profissão. "Ele me questionava. Não para desanimar, mas para acordar. Ele dizia: 'Filha, você tem certeza de que quer isso?'", lembra a atriz que, hoje em dia, recorre aos conselhos de Luca quando precisa. "Vira e mexe, eu peço opinião. Mas ele não gosta de dar pitaco. Quer que eu ande com minhas próprias pernas", conta.

Em sua sexta novela, Carol ainda é muito lembrada pela Gracinha de "Mulheres Apaixonadas", exibida pela Globo em 2003. Na pele da espevitada personagem, que formou um triângulo amoroso com Cláudio e Edwiges, papéis de Erik Marmo e Carolina Dieckmann, a atriz provocou a raiva em muitas telespectadoras. "Até hoje muitas me falam que brigavam com os namorados por causa da Gracinha", diz, bem-humorada. Mas Carol também elege a Ruth de "O Profeta" como um trabalho marcante. "Foi a minha primeira vilã de verdade", recorda.

(por Luana Borges)

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