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29/04/2010 - 00h45

Atriz teve que conhecer armas de fogo para viver delegada de "Bela, a Feia"

PopTevê

Luiza Dantas/Carta Z Notícias

Raquel Nunes, atriz, em entrevista ao Canal Zap (abril/2010)

Quando soube que ia fazer "Bela, A Feia", Raquel Nunes levou um susto. A atriz, que interpreta a durona Márcia se preocupou ao receber o convite para viver outra delegada na televisão –em 2007, ela interpretou a policial Maria do Carmo, de "Vidas Opostas". Apesar de louca para voltar ao batente após seis meses fora do ar, Raquel sentiu um certo receio em relação ao novo trabalho.

"Quando se faz um personagem estereotipado, tem de ter cuidado para não cair na mesmice. Tinha de descobrir o que eu poderia fazer para ser diferente", conta ela, que depois de sua primeira reunião com o diretor da trama, Édson Spinello, respirou mais aliviada ao saber que as personagens em questão tinham características bem diversas. Se, em "Vidas Opostas" Raquel interpretou uma policial meiga e doce, na atual novela da Record ela vive uma delegada séria, dura e boa de briga.

Prestes a se despedir de mais uma personagem, a simpática atriz está feliz com o resultado de seu trabalho. "O mais legal é receber elogios dos colegas, que me dizem que essa policial está bem diferente da outra", conta orgulhosa. Repetir a profissão do personagem, no entanto, tem lá suas vantagens.

Para dar vida a Maria do Carmo, Raquel passou por uma intensa preparação que foi desde aprender a manusear armas de fogo até se familiarizar com a rotina em uma delegacia de polícia. O conhecimento adquirido foi mais que bem-vindo para o novo papel. Isso porque, em um curto período de tempo entre o convite e o primeiro dia de gravação, Raquel teve pouco tempo. "Entrar em uma novela pela metade é mais complicado. Não tive aquele tempo que os atores tem para me preparar", explica.

Com a teoria afiada, essa carioca de 33 anos só precisou de ajuda para compor a personalidade de Márcia. Para isso, ela buscou inspiração na personagem da atriz americana Michelle Rodriguez, que interpretou a policial Ana Lúcia, na segunda temporada da série "Lost".

"Eu já conhecia a personagem, mas quando revi as cenas dela, vi que tinha tudo a ver com a Márcia", conta ela, que também teve de abrir mão de sua feminilidade para o novo trabalho. No ar como uma mulher que não liga para vaidades e usa os cabelos presos em um rabo-de-cavalo por causa da praticidade, Raquel deixou o jeito feminino de lado e adotou até um andar mais masculino. "No início tive de ficar me policiando, porque é totalmente diferente de mim. Hoje, quando entro para gravar, é automático."

Com 20 anos de carreira, Raquel acumula 14 personagens no currículo, divididos entre novelas e minisséries. Apesar da quantidade, a atriz ainda tem um desejo para realizar na profissão. Como a maioria do atores, ela tem vontade de viver um vilão na ficção. "É até clichê, mas queria muito saber como seria ter esse lado ruim dentro de mim", justifica ela, que estreou em 1990, na novela "Lua Cheia de Amor", da Globo, emissora na qual trabalhou durante 14 anos.

Funcionária da Record desde 2005, a atriz considera a mudança um salto na sua carreira. Afinal foi na atual emissora que Raquel acredita ter recebido o destaque merecido e a oportunidade de mostrar o talento. "Estou muito feliz na Record, eles valorizam e reconhecem meu trabalho", derrama-se ela, que desde que mudou de emissora passou a encarnar personagens mais densas e complexas.

(Por Natalia Palmeira)

 

 

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