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16/04/2010 - 00h45

Para Simone Spoladore, sua vilã é versão vira-lata de "O Diabo veste Prada"

PopTevê

Luiza Dantas/Carta Z Notícias

A intérprete da vilã Verônica em "Bela, a Feia", Simone Spoladore

A pouco menos de um mês para o fim de "Bela, A Feia", da Record, Simone Spoladore já sente saudade de Verônica, vilã cômica que interpreta desde agosto do ano passado na trama de Gisele Joras.

O apego à personagem tem explicação. Além de a ter marcado a estreia da jovem atriz curitibana na vilania, o papel também representou uma nova fase na carreira de Simone. Afinal, depois de seis anos atuando na Globo, ela resolveu arriscar a sorte em outra emissora.

"Com a Verônica, passei a me sentir mais madura, alegre e, até mesmo, mais vaidosa. Depois dela, passei a me cuidar mais", avalia, lembrando que, a princípio, interpretaria a igualmente malvada Cíntia, personagem vivida por Carla Regina. "Mas acho que não me divertiria tanto quanto fazendo a Verônica", supõe.

Acostumada a encarnar personagens de temperamento forte e impulsivo, como a Maria Monforte da minissérie "Os Maias" e a Caterina de "Esperança", Simone se surpreendeu com a leveza e, principalmente, com o humor de Verônica. Não é à toa que, desde que a novela estreou na Record, a terapia da atriz é incorporar a malvada.

"Toda a vez que represento a Verônica, volto a ser criança. Brinco muito quando a interpreto. Aliás, acho que só me divertindo que seria possível ela existir", argumenta ela, que se inspirou em vilãs de contos-de-fada infantis e em Miranda Priestly, personagem de Meryl Streep no filme "O Diabo Veste Prada", para compor Verônica.

"A diferença é que a Verônica é mais vira-lata que a Miranda, que é de uma elegância enorme", compara, entre risos. O que também tem surpreendido Simone é a simpática abordagem do público quando sai às ruas. Isso porque, em vez de condenarem pela falta de caráter e a ruindade de Verônica, o as pessoas a recebem com o maior carinho.

Embora esteja encantada com o humor de Verônica, Simone admite gostar de interpretar personagens mais densos. No entanto, ela prefere deixar para viver esses tipos no teatro e no cinema. A atriz, que tem 14 anos de carreira encara como um veículo de entretenimento. E, como tal, nela não há espaço para se aprofundar como atriz.

"Não procuro densidade na TV. Não coloco coisas onde não tem. Cada coisa é de um jeito, possibilita um tipo de mergulho", teoriza. Contratada por obra pela Record, Simone ainda não sabe qual será seu futuro na emissora. Apesar da incerteza, ela não se assusta. Pelo contrário. Para ela, o importante é aproveitar o presente, que, desde que estreou na casa, tem sido ótimo.

"Desde que entrei na Record, me senti acolhida. O clima é leve, agradável...", elogia ela, que, por enquanto, só pensa em Verônica e em seu desfecho em "Bela, A Feia".

"Acho que ela deveria ter um final incomum. Não aqueles finais óbvios de vilã. Gostaria de um fim mais engraçado", torce a atriz, que, depois de se despedir da megera, tem planos de fazer uma viagem de férias para a Europa. "Estou exausta, precisando descansar. Estou pensando em passar uma temporada em Paris para estudar Francês", planeja.


(Por Carla Neves)

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