UOL Entretenimento Televisão
 
04/04/2010 - 00h15

João Camargo diz estar adorando interpretar um gay em "Bela, a Feia"


PopTevê

João Camargo já se acostumou a ter a imagem associada ao riso. Afinal, em 22 anos de carreira na TV, o ator, de 50 anos, coleciona vários personagens engraçados, entre eles, o Gildo, de "Um Anjo Caiu do Céu", e o Padre Zeca, de "Uga Uga".

"Desde pequeno, no colégio, já imitava todo mundo. Era o brincalhão da turma. Sempre tive tendência para a comédia", justifica o bem-humorado ator, que nasceu na Suíça, mas se naturalizou brasileiro.

A queda pelo humor fez com que, mais uma vez, ele fosse chamado para interpretar um papel cômico em uma novela. Desta, vez, no entanto, em uma emissora na qual nunca havia trabalhado: a Record. "Fiquei feliz quando soube da possibilidade de representar o Haroldo em 'Bela, A Feia', que é um cabeleireiro muito divertido, deslumbrado e cafona", admite, aos risos.

Distante das novelas desde 2002, quando participou de "Desejos de Mulher", João não via a hora de voltar aos "sets" de gravação com um papel fixo. Afinal, há tempos, ele vinha dando o ar da graça apenas em participações rápidas nos programas da linha de shows da Globo, emissora em que trabalhava antes da Record.

"Não estava satisfeito com essa situação. Por isso fiquei tão empolgado quando o Fernando Rancoleta me ligou e me propôs fazer um teste para o Haroldo", confessa, referindo-se ao diretor de elenco da Record.

Na pele do extravagante dono do Salão Montezuma, João admite estar adorando a chance de encarnar um gay assumido, que adora glamour e não perde a oportunidade de atrair pessoas importantes para o seu estabelecimento. "Me divirto muito fazendo o Haroldo. O texto da Gisele Joras é muito bom. É um prazer reproduzi-lo", diz, citando a autora da trama.

Apesar de saber que o perfil cafona e deslumbrado do personagem poderia, talvez, ser mal interpretado pelo público, o ator não teve medo de abusar dos gestos exagerados e do jeito espalhafatoso. "Quando li o perfil do Haroldo na sinopse, vi que não tinha como fazê-lo diferente, ou seja, cheio de extravagâncias", relembra.

Além de se divertir simplesmente por encarnar o personagem, João reconhece rir "horrores" ao contracenar com Bárbara Borges, Laila Zaid e Rafael Primot, que, na trama, vivem, respectivamente, o divertido trio de funcionários Elvira, Magdalena e Ícaro.

"A gente se diverte muito em cena. Nesses sete meses de novela, criamos uma amizade forte, que só ajuda na hora do 'gravando'", elogia. João acredita, inclusive, que seu personagem ficou ainda mais engraçado do que ele imaginava na sinopse depois que ele estabeleceu essa relação de troca com os três colegas de elenco. "São atores competentes e que conversam muito comigo. Isso tudo colabora para deixar o Haroldo mais divertido", acredita.

A diversão do ator, contudo, não fica apenas nos estúdios de gravação. Quando sai para passear pelas ruas de Copacabana, bairro da Zona Sul carioca onde mora, João não consegue conter o riso com os comentários que escuta em relação ao personagem. De cabeleireiros a senhoras de idade, todos abordam o ator com humor.

"O melhor é ouvir dos cabeleireiros que o Haroldo está representando bem a classe. Está sendo ótima a receptividade do personagem", orgulha-se. Prestes a se despedir do singular cabeleireiro de "Bela, A Feia", João já tem planos para quando a novela terminar, em maio.

"Vou participar de uma peça escrita por uma autora jovem maravilhosa, chamada Júlia Spadaccini. E pretendo continuar na Record, se Deus quiser", torce o ator, que, por enquanto, tem contrato assinado por obra com a emissora.

(Por Carla Neves)

Hospedagem: UOL Host