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30/03/2010 - 00h20

"Estava com saudade de fazer comédia", diz Marcello Novaes, o Bené de "Cama de Gato"

PopTevê

Pedro Paulo Figueiredo/Carta Z Notícias

Marcello Novaes, o Bené de "Cama de Gato"

Às vésperas do fim de "Cama de Gato" Marcello Novaes não poderia estar mais satisfeito com o resultado do trabalho na trama das seis. Com o bom humor como um de seus traços mais marcantes, ele procura colocar comédia em tudo que faz. A afinidade com o gênero é tão grande que o ator mudou seus planos de férias, no ano passado, para emendar mais um trabalho na Globo.

Depois de viver um personagem mais denso na novela "Três Irmãs" –trama das sete exibida em 2008–, Marcello viu em Bené a oportunidade para voltar para a comédia. "Estava muito saudoso de fazer comédia. Quando o Ricardo Waddington me disse o perfil do personagem não resisti. Foi uma covardia", conta, aos risos, se referindo ao convite do diretor de núcleo da atual novela das seis.

Com 22 anos de carreira na televisão e mais de 15 novelas no currículo, Marcello ficou marcado por seus personagens cômicos. Tanto que, até hoje, ele ainda é lembrado como o atrapalhado mecânico Raí de "Quatro por Quatro", trabalho que alavancou sua carreira.

"Até hoje me chamam de Raí nas ruas. Ele e a Babalu formaram um casal que entrou para a história da TV. Foi muito marcante", diz o
ator, orgulhoso, sem se incomodar com as comparações entre o primeiro protagonista e o trabalho mais recente. As semelhanças serviram de estímulo. "Fiz uma revisão e peguei um pouco das características de cada papel. Bolei um novo personagem com todos esses ingredientes antigos", explica.

Seu trabalho anterior na TV foi o Sandro de "Três Irmãs", um personagem com uma grande carga dramática. Voltar para a comédia já estava nos seus planos?
Estava com muita saudade de fazer comédia. Eu já tinha pedido seis meses de licença para descansar e fazer uma operação no joelho, até que o Ricardo Waddington me disse que tinha um personagem para mim. Fiquei meio indeciso, mas quando ele me disse o perfil do personagem, não resisti. Aceitei só pelo fato de ser o Bené, que é um tipo popular do jeito que eu gosto, assim como o Raí e o Beterraba. Foi uma ótima oportunidade de voltar a fazer comédia, que é algo que está no meu sangue e no meu dia a dia.

As comparações entre o Bené e o Raí, personagem que interpretou em "Quatro por Quatro", são quase que inevitáveis. Você teve receio de parecer repetitivo?

Eles realmente têm um perfil muito parecido, mas são interpretações diferentes. O Raí era mais marrento, apesar de ter um lado frágil. Já o Bené é bem mais ingênuo. Mesmo que sejam dois personagens cômicos, minha preocupação é interpretar de forma diferente. Nunca tive medo de ficar rotulado, porque ao longo da minha carreira tive a oportunidade de fazer outros papéis e diversificar

Ecomo você trabalhou para diferenciar um do outro?
A semelhança está no fato de ambos serem personagens populares, cômicos de classe baixa. E, com tantos dados iguais, é muito difícil fazer uma interpretação diferente. Confesso que, no Bené, coloquei um pouco de todos os personagens cômicos que já fiz, fazendo uma enorme salada. Bolei um novo personagem com todos esses ingredientes, mas crio coisas novas para ele o tempo inteiro.

Como é a repercussão do personagem nas ruas?
A resposta não poderia ser melhor. O Bené conquistou, principalmente, as crianças. Fizeram uma pesquisa sobre os casais da novela que estão fazendo mais sucesso. Eu e a Heloísa Perissé estamos entre os primeiros. A gente tem muita resposta observando a equipe técnica. Quando gravamos uma cena e, se eles riem na hora, é porque vai funcionar. É como se fosse a resposta do público.

(Por Natalia Palmeira)

 

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