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05/02/2010 - 00h05

"Eu tinha muito medo da Giovanna Antonelli", diz a atriz-mirim Klara Castanho

PopTevê

Divulgação/TV Globo

Klara Castanho

A pequena atriz Klara Castanho, de 9 anos

Dona de um jeito alegre e desinibido, aos 9 anos, Klara Castanho trata com naturalidade a fama precoce. Desde que ficou conhecida como a travessa Rafaela, de "Viver a Vida", a atriz-mirim é constantemente abordada nas ruas pelos fãs e distribui autógrafos entre os amiguinhos da escola. Dia desses, durante a gravação de uma cena da novela na praia, ela foi surpreendida por um grupo de crianças que brincavam ali próximo.

"Elas ficavam pedindo para brincar comigo. Tinha uma menina que estava doida para me dar um beijinho", lembra, aos risos. Mas a característica bagunceira, mal-educada e intrometida da personagem também está dando o que falar. Tanto que, vez ou outra, ela escuta críticas com relação à sua personagem na trama de Manoel Carlos. "Tem gente que não gosta do jeito que a Rafaela é, mas eu acho que isso significa que estou fazendo um bom trabalho", avalia.

O papel na trama das oito não é o primeiro trabalho de Klara na televisão. Em 2006, ela teve sua estreia como atriz na série "Mothern" –do canal pago GNT– na pele da mimada Bel, a qual interpretou por duas temporadas. Embora tenha iniciado muito cedo a carreira artística –Klara estrelou vários comerciais, sendo o primeiro deles aos 9 meses de idade–, ela sentiu um frio na barriga ao saber que viveria uma personagem em novela. "Fiquei com medo no início. Achei que não fosse conseguir, porque os textos são muito grandes", admite a atriz, que, no entanto, garante que não tem dificuldades para decorar.

Para compor o papel, Klara conta a ajuda de uma "coach", Rosana Garcia, e também pede conselhos à Giovanna Antonelli, que vive Dora, sua mãe no folhetim. "A gente conversa antes de gravar e, às vezes, eu pergunto como devo fazer", explica. Apesar da pouca idade, Klara vive uma rotina de gente grande. Ela tem de aliar o trabalho e o estudo –quando está em aula, vai à escola pela parte da manhã e grava as cenas somente à tarde. Como encara o trabalho como uma grande brincadeira, é a falta da família o que mais incomoda a atriz.

Por conta da novela, Klara, que é natural de São Bernardo do Campo, em São Paulo, precisou se mudar para o Rio de Janeiro com a mãe. "Eu morro de saudade do meu irmão Lucas, mas sempre que posso tento ir para casa", reconhece. Se longe da ficção ela tenta se adaptar à nova vida na cidade com a falta da família e dos antigos colegas, nos bastidores da novela, ela acredita ter ganhado uma nova amiga. "Eu tinha muito medo da Giovanna. Achava que ela ia ficar brigando comigo. Logo no primeiro dia vi que ela era legal e viramos amigas", conta ela, que no início associava a atriz a uma de suas personagens: a vilã Bárbara de "Da Cor Do Pecado".

Klara faz questão de deixar claro as diferenças entre atriz e personagem. "Eu não sou assim, passo longe dela, só sou um pouquinho bagunceira", admite, com um sorriso envergonhado. O que ela mais gosta em interpretar Rafaela é a relação da personagem com Dora. A comparação entre a mãe da ficção e a mãe verdadeira não passa despercebida pela atriz, que acredita que a personagem de Giovanna impõe mais limites a Rafaela do que sua mãe costuma fazer.

Por conta disso, mesmo um pouco sem jeito, admite que gostaria de juntar algumas características de Dora na própria mãe. "Queria metade dela e metade da minha mãe. E não é porque eu estou puxando o saco, não", confessa, às gargalhadas.

 

(Por Natalia Palmeira)

 

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