Com estreia prevista para 2 de março, Antônio Grassi e Patrycia Travassos gravam "Ribeirão do Tempo"

Um intelectual extremamente engajado, uma viúva louca para encontrar um novo amor e um rapaz que desequilibrado. Esses são alguns dos personagens que vão habitar "Ribeirão do Tempo", cidade que dá nome à próxima novela da Record. No folhetim, assinado por Marcílio Moraes e previsto para estrear dia 2 de março, o inusitado trio viverá se cruzando. Tudo porque o professor Flores, papel de Antônio Grassi, vai ter uma relação bem íntima com a dupla. Enquanto com Clóris, vivida por Patrycia Travassos, ele vai querer ter um "affair" e não economizará charme para tentar seduzi-la, com o matusquela Sereno, de Cássio Scapin, ele vai manter uma relação de pai para filho.

"É que o Sereno é adotado pelo professor Flores, que é um homem muito respeitado em Ribeirão do Tempo e acaba atraindo esse tipo de loucura", adiantava Antônio Grassi, nos bastidores de gravação da trama. A relação paternal vai ficar bem clara logo na terceira semana da trama, no capítulo 15, gravado na semana passada no RecNov, complexo de estúdios da emissora localizado em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio de Janeiro.

Na cena, dirigida por Daniel Ghivelder, o amalucado rapaz flagra a viúva deixando a casa de Flores e, fanático que é pelo "padrinho" –nome pelo qual teima em chamar o pai adotivo–, resolve interrogá-lo a respeito do que acabara de ver. "Já vi que o padrinho tá papando aquela coroa, né?", indagava Cássio, na pele do adoidado Sereno. Vestido como um maluco, o ator estava tão engraçado que foi preciso gravar a cena duas vezes, já que não eram raras as gargalhadas dos contrarregras e da equipe de produção durante a gravação. "Galera, silêncio no estúdio, por favor!", pedia o educado Daniel, que também não escondia o riso ao dirigir o diálogo entre os personagens de Cássio Scapin e Antônio Grassi.

Depois de tentar gravar a cena duas vezes com a dupla de atores e não conseguir, Daniel resolveu gravar a cena para valer. E, desta vez, foi mais feliz. Afinal, a equipe conteve o riso e se concentrou na gravação, que demorou menos de 10 minutos para ser concluída. "Em TV, é importante associar agilidade com qualidade. É uma meta que a gente busca até por conta do nosso plano diário de rabalho, que, muitas vezes, é bem comprido", argumentava o diretor, que, no mesmo dia, gravou outras seis cenas de aproximadamente cinco minutos de duração cada.

Uma delas foi a que Clóris vai até a casa de Flores e, chegando lá, é cortejada por ele. Assim como na cena de Cássio Scapin e Antônio Grassi, Daniel "bateu o texto" com Patrycia e Grassi diversas vezes. Afinal, além de ele ser maior, também era mais complicado de interpretar. Como se não bastasse a dificuldade do texto, o elenco e a direção ainda tiveram de enfrentar uma sombra que teimava em atrapalhar a gravação da cena. "Gente, vamos repetir! Tem uma sombra que não sai de perto da porta da casa!", observava o diretor, que, gentilmente, aproveitava para dar dicas aos atores. "Patrycia, quando o Grassi pegar no seu joelho, aja de forma natural. Como se você estivesse bem à vontade com essa mão em você", sugeria.

Depois de pegar, com vontade, no joelho da viúva, Flores oferece um vinho e vai à cozinha para pegar a bebida. Nesse momento, ela se levanta e pergunta se ele quer ajuda. Mas, galanteador que só, ele diz que não. "Grassi, devolva os óculos para a Patrycia, para fazer um charme!", orientava Daniel, que até o fim da gravação da cena, manteve o olhar bem atento na atuação da dupla. "Para mim, é fundamental o ator estar bem em cena. Posso fazer um plano de câmara espetacular, mas se ele não estiver bem, não adianta nada", justificava o diretor, declarando-se encantado com o autor da trama. "O texto do Marcílio é riquíssimo, coeso, coerente, enfim, se liga com muita precisão", elogiava.

(Por Carla Neves)

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