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21/01/2010 - 00h15

Raquel Fuina releu seus antigos diários para viver adolescente em "Cama de Gato"

PopTevê

Jorge Rodrigues Jorge/Carta Z Notícias

Raquel Fuina, atriz

Quando soube que interpretaria uma adolescente em "Cama de Gato", Raquel Fuina, de 22 anos, não imaginou que se identificaria tanto com a personagem. Glória, seu papel na trama de Duca Rachid e Thelma Guedes, é uma menina bonita e sonhadora e que, por causa da idade, vive um período de muitas contestações.

"Reli meus diários de quando tinha 16 anos. Eu também questionava a vida e às vezes me sentia revoltada com o que via e não gostava", relembra a carioca, que procurou escutar músicas e assistir a seriados que atualmente fazem sucesso entre o público "teen".

"Estou tentando fazer uma versão atual da minha adolescência. Acho importante saber o que as meninas estão vendo agora", avalia. Apesar de se sentir familiarizada com o trabalho, Raquel o considera instigante. Acostumada a interpretar papéis mais dramáticos no teatro, a atriz confessa que tem de se policiar para não tropeçar no tom da personagem.

"Tento fazer a Glória bem leve e solta, porque é uma personagem jovem e divertida", define. Para isso, "empresta" algumas de suas características pessoais para Glória. "Tenho mania de mexer no cabelo. É uma coisa que faço naturalmente, mas uso propositalmente em cena", conta.

Além dos conflitos típicos da idade, Glória é uma personagem que se divide em uma linha tênue. Por um lado, é considerada uma menina meiga e trabalhadora, mas, por outro, se revela rebelde quando entra em atrito com sua mãe Rose, interpretada por Camila Pitanga.

"Isso faz ela perder a própria essência, porque ela quer ser uma coisa que não é", analisa Raquel, referindo-se à revolta de Glória, por conta de
sua condição social humilde. Para a atriz, no fundo a personagem é uma jovem boa e espontânea.

"Ela faz isso porque vivia em um mundo que não era o dela. Estuda em um colégio de classe alta e por isso se sente inferior", justifica.
Enquanto na ficção Glória e a família vivem uma relação de gato e rato, nos bastidores, o clima é diferente. Raquel, que contracena com
Aílton Graça, Marcos Palmeira e Camila Pitanga, afirma se sentir à vontade ao lado do experiente trio.

"Somos como uma família de verdade. A gente se dá muito bem e isso é bom porque passo muito tempo com eles", garante. Em seu segundo trabalho na tevê –a atriz estreou na novela "Duas Caras" como a sensual garçonete Victória –, ela aproveita a oportunidade para absorver todas as dicas que recebe dos atores e diretores.

"É um trabalho muito artesanal, a gente sempre troca ideia. É quase que uma coxia de teatro", revela. Mesmo com poucos personagens no currículo, Raquel não é novata na profissão. A atriz começou a estudar teatro ainda criança em um grupo da igreja que frequentava. Mas suas aptidões não param por aí. Nascida em uma família de músicos, além de cantar e dançar, ela toca flauta transversa.

"Acho que ser ator é muito mais do que simplesmente atuar. É importante saber um pouco de cada coisa", acredita a atriz, que sonha em aliar todas as suas habilidades em um único trabalho. "Não é que eu queira virar cantora, mas eu amo teatro e tenho muita vontade de fazer um musical", revela.


Ainda que a paixão pelos palcos seja explícita, a atriz garante que não tem preferência por nenhum veículo. Aliás, ela pretende também se dedicar a mais um. "Já fiz alguns curta-metragens e me apaixonei por isso. Quero muito fazer cinema", planeja. Mas como se dedicar a várias atividades ao mesmo tempo não faz a linha de Raquel, ela prefere dar atenção exclusiva ao atual trabalho em "Cama de Gato". "Primeiro quero terminar essa novela para depois pensar em novos projetos. Agora quero só viver a Glória", afirma.

(Por Natalia Palmeira)

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