Rodrigo Phavanello estreia na Record como piloto de avião na novela "Ribeirão do Tempo"

Desde garoto, Rodrigo Phavanello se interessa por esportes radicais. E há seis anos não pensou duas vezes antes de saltar de paraquedas em Campinas, cidade em que nasceu e foi criado. "Sempre fui apaixonado por aventura. Por isso fiquei tão feliz quando me convidaram para viver um piloto de avião em 'Ribeirão do Tempo'", derrama-se, ao falar sobre Sílvio, papel que vai encarnar na novela que substituirá "Poder Paralelo" na Record.

Na trama de Marcílio Moraes, prevista para estrear em meados de fevereiro, o ator de 33 anos vai fazer parte do núcleo mais cheio de adrenalina da história: a Radical Livre, empresa voltada para os esportes de aventura. "Meu personagem é o melhor amigo do Tito, o dono da Radical Livre, interpretado pelo Ângelo Paes Leme", adianta Phavanello, acrescentando que a agência vai contar, ainda, com os papéis vividos por Rafael Calomeni, Ana Paula Tabalipa e Raymundo de Souza.

Para dar credibilidade a esse destemido aviador, o ator – em seu primeiro papel na emissora – não só assistiu a inúmeros filmes sobre aviação, como também participou de um workshop sobre o assunto. "Lá aprendi detalhes técnicos que desconhecia, como a mecânica e o comando das aeronaves", lembra ele, que ainda fez um curso de paraquedismo. "Nele pude conhecer todos os métodos de segurança usados pelos paraquedistas. Sem falar que aprendi a dobrar o paraquedas do jeito correto", aponta ele, confessando que, para entrar ainda mais no clima do personagem, decidiu saltar de paraquedas pela segunda vez.

Durante essa composição do personagem, o que mais chamou a atenção de Phavanello foi o companheirismo existente entre aviadores e paraquedistas. "A galera do paraquedismo é uma tribo. Eles confiam tanto uns nos outros que são capazes de saltar sem paraquedas e serem capturados no ar por outro paraquedista", impressiona-se o ator, que não quer fazer feio na pele do audacioso piloto.

"É uma responsabilidade e tanto representar esses caras. Por isso tenho de estar preparado, fazer tudo certinho, como eles fazem", acredita ele, que na história será marido de Ellen, interpretada por Aline Borges, com quem terá Guilherme (Caio Vydal). "Estou encantado com meu personagem, com o fato de ele já ter um filho grande. E também com meu núcleo na novela e com a nova casa...", declara Phavanello, que atuou em três novelas na Globo – "Alma Gêmea", "O Profeta" e "Sete Pecados" – antes se mudar para a Record.

A decisão de trocar uma emissora pela outra, aliás, aconteceu da forma mais natural e amigável possível. O ator tinha acabado de rescindir seu contrato com a Globo quando a Record soube da notícia e resolveu sondá-lo. "O contrato que tinha com a Globo me limitava a fazer projetos paralelos. Quando a Record me ofereceu um em que teria maior liberdade, não pensei duas vezes", reconhece.

Apesar de afirmar ter carinho pela antiga emissora, Phavanello garante estar feliz da vida na Record. Não só por poder conciliar bem melhor as gravações da novela com outros trabalhos no cinema e no teatro, mas também por interpretar, pela primeira vez, um texto de Marcílio Moraes, autor que sempre admirou. "O mais intrigante no Marcílio é que ele dá importância a todos os personagens. Não tem um protagonista, tem vários", elogia ele, que pretende aliar as gravações de "Ribeirão do Tempo" as do filme "Quando A Primavera Chegar", de Alexandre Novaski. "Também li um texto que me deu muita vontade de dirigir", planeja.
 

(Por Carla Neves)

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