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08/01/2010 - 06h00

Silvia Pfeifer vive mulher sem vaidade em "Bela, a Feia" e sonha em fazer dona de casa suburbana na TV

PopTevê
  • Luiza Dantas/Carta Z Notícias

    Silvia Pfeifer interpreta a sofrida Vera em "Bela, a Feia"

Quando leu o perfil de Vera, papel que interpreta em "Bela, a Feia", da Record, o que mais chamou a atenção de Silvia Pfeifer foi o fato de a misteriosa mulher ser completamente desprovida de vaidade. Acostumada a encarnar mulheres sofisticadas e cheias de estilo, a atriz amou saber que não usaria maquiagem e poderia exibir suas longas madeixas exatamente como elas são. Ou seja: sem tintura ou qualquer tipo de corte refinado. "Na verdade, pedi para fazer a personagem sem nenhum glamour. É bom ter a oportunidade de diferenciar suas atuações", analisa, acrescentando que demorou um pouco para encontrar o tom da personagem.


Uma das maiores dificuldades de Silvia nessa busca pela essência de Vera foi começar a gravar a novela sem saber quase nada sobre o passado da personagem. O que também mexeu com a atriz foi o fato de a enigmática mulher de Ricardo, interpretado por Jonas Bloch, fazer parte de um núcleo restrito, no qual ela só contracenava com dois personagens. "No início da novela, só contracenava com o Jonas. Só depois de gravar dez dias seguidos é que passei a contracenar com a Bia Montez", lembra a atriz, referindo-se à Hortência, a inseparável amiga de Vera.


Por integrar esse núcleo tão separado de todos os outros da história de Gisele Joras – que se inspirou na produção "Ugly Betty" –, Silvia admite que nem se deu ao trabalho de assistir à versão americana. "Da forma como comecei a gravar, não tive porque assistir. O formato da novela era muito leve, humorado. E meu papel seria muito sofrido", avalia. Ela reconhece, contudo, que trabalhar tamanha carga dramática não foi fácil. Tanto que, apesar de já estar no ar há pouco mais de cinco meses, Silvia continua tendo aulas de voz e estudando a melhor maneira de representar a personagem. "Às vezes, o diretor Edson Spinello vem e me diz: 'Silvia, é assim, assim, assado'. Agora é que estou vendo o tamanho da dificuldade", analisa ela.


Embora considere Vera um papel difícil de se incorporar, Silvia classifica a sofrida mulher como uma das melhores personagens que já teve a chance de viver desde que estreou na TV como a Cláudia da minissérie "Boca do Lixo", exibida em 1990 na Globo. "Um papel que também me marcou muito foi a Virgínia de 'Desejos de Mulher'. Com ela, pude mostrar minha veia cômica. Foi um resultado positivo", observa a atriz, mencionando mais uma das 11 novelas que fez na emissora.


Ainda que tenha tido a oportunidade de encarnar bons personagens na Globo, Silvia, que assinou contrato com a Record por três anos, acredita que na casa nova será melhor aproveitada. E, quem sabe, poderá até conseguir realizar um desejo profissional antigo: viver uma suburbana, uma dona de casa. "Mas meus amigos me dizem que nunca vou conseguir fazer um papel assim. Acho que é uma questão de alguém confiar em mim para isso", torce ela, que já planeja atuar em outras produções da Record. "Vou adorar fazer outras novelas na casa. Ainda mais se for um papel realmente bom. E que eu possa participar dessa decisão de alguma forma", enfatiza.

 

(Por Carla Neves)

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