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08/12/2009 - 04h28

"Cinquentinha vai mostrar a revolução que a mulher moderna provocou com sua liberdade", diz o diretor Wolf Maya

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Aguinaldo Silva sempre teve várias amigas "cinquentinhas" - definição que, segundo ele, diz respeito àquelas mulheres que se recusam a envelhecer e continuam sendo ativas. Foi pensando nelas que o autor de sucessos como "Senhora do Destino" e "Duas Caras" decidiu escrever "Cinquentinha", minissérie de oito capítulos que a Globo estreia nesta terça (8). "É uma história sobre esse tipo de mulher e sobre a família que está por trás dela. Aborda várias gerações", adianta Aguinaldo, que convidou três atrizes com personalidades extremamente fortes para protagonizar a trama: Susana Vieira, Marília Gabriela e Betty Lago. "Apesar de ter usado o temperamento delas, é importante lembrar que se trata de uma obra de ficção. Não é que elas sejam assim", adverte.
  • Divulgação/Globo

    Luís Mello, Marília Gabriela, Susana Vieira e Betty Lago em cena da minissérie "Cinquentinha"

Na história, Susana, Marília e Betty vivem, respectivamente, a atriz em decadência Lara, a renomada fotógrafa Mariana e a ex-hippie dos anos 70 Rejane. Ex-mulheres de Daniel, interpretado por José Wilker, elas se veem diante de um grande obstáculo quando o milionário morre e propõe a elas uma complicada disputa. Ele faz com que as três, desde sempre inimigas, fiquem confinadas em uma mansão e passem a administrar seus negócios em crise e fazê-los prosperar de novo. A que se sair melhor nessa administração, ficará com 50% de sua fortuna - "cinquentinha" do patrimônio. Daí, aliás, vem o título da minissérie. "Essa gincana é o fio condutor da história. Nela, elas terão de provar que não são só fisicamente capazes, mas mentalmente também", explica Aguinaldo.

Paralelamente a essa acirrada competição pela polpuda herança do ex-marido milionário, as "cinquentinhas" vão vivenciar outras experiências tão emocionantes quanto a batalha para conseguir o dinheiro. Além de mostrar a relação muitas vezes problemática das três jovens "senhoras" com seus respectivos filhos, a minissérie vai abordar o envolvimento do trio com gente de outra faixa etária e até mesmo do mesmo sexo. "É uma comédia pop, picante e sofisticada. Teremos cenas grandiosas, mulheres modernas e um ritmo frenético", garante o animado Wolf Maya, diretor da produção.

Entre as tramas que prometem chamar mais atenção do público estão a de Mariana e Eduardo, interpretado por Rafael Cardoso. Melhor amigo de Gabriel, neto da fotógrafa vivido por João Pedro Zappa, o adolescente se envolve com Mariana, que o chama de "tesouro da juventude", já que ele é jovem, bonito e cheio de disposição. "A Mariana é uma mulher muito independente e diferente", analisa Marília Gabriela, que, ao longo da história, também vai ser alvo da paixão da jornalista Leila Fratelli (Ângela Vieira). "Elas foram colegas de faculdade. Só que a Leila foi morar fora. Quando ela volta, reencontra a Mariana em uma boate e quer viver uma relação amorosa com ela", antecipa Ângela Vieira.

Outra personagem de destaque na história é a quarta "cinquentinha": a condessa Leonor Berganti, vivida por Maria Padilha. Prima de Rejane, ela bate de frente com as três candidatas à herança de Daniel quando volta ao Brasil e revela que, no passado, teve um caso e um filho, o requintado Carlo (Pierre Baitelli) com o milionário. "A Leonor é uma lacrainha. Ela vai fazer tudo pelo dinheiro", adianta Maria Padilha. A trama conta ainda com outros personagens polêmicos, como Vanessa, adolescente vivida por Tatyane Goulart que se envolve com o traficante Olhão (Fabrício Santiago) e Claus (Dalton Vigh), roteirista que tem um caso com as três "cinquentinhas".

Gravadas no Rio, as cenas da minissérie duraram quase três meses e envolveram aproximadamente 150 pessoas, entre elenco e equipe de produção. É por esse apuro técnico e pelo texto de Aguinaldo Silva que Wolf Maya tem certeza de que "Cinquentinha" vai agradar. "Vamos revelar como está essa jovem mulher brasileira. É tratado como uma comédia, mas vai mostrar a revolução que a mulher moderna provocou com sua liberdade", empolga-se o diretor.

(Por Carla Neves) Comente essa e outras notícias no Fórum UOL Televisão

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