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05/12/2009 - 05h17

"Muitas mães vêm me dar conselho", diz Aparecida Petrowky, a Sandrinha de "Viver a Vida"

PopTevê
É com um sorriso escancarado que a carioca Aparecida Petrowky, de 27 anos, fala sobre Sandrinha, jovem que interpreta em "Viver a Vida", da Globo. Afinal, é na pele da rebelde que engravida de um marginal e peita a família inteira para ficar com ele que a atriz está tendo a chance de realizar um sonho antigo: estrear na TV. "Estou muito, muito feliz. Não poderia ter estreado em um produto melhor!", elogia. Ela anda tão entusiasmada com a personagem que garante não se incomodar nem mesmo com o fato de a novela ter pouca frente de capítulos por conta da maneira de escrever do autor, que tem por hábito entregar os textos ao elenco em cima da hora. "Já sabia do estilo do Manoel Carlos. E estou adorando porque é uma excelente escola. Costumo dizer que é um intensivão. Espero passar na prova", brinca.
  • Luiza Dantas/Carta Z Notícias

    A atriz Aparecida Petrowky faz sua estreia na TV como a rebelde Sandrinha de "Viver a Vida"

Como toda estreante sedenta por se aprimorar na profissão, Aparecida aproveita cada momento no Projac - complexo de estúdios da Globo localizado em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio -, para observar o comportamento dos atores veteranos. E, segundo ela, a experiência tem sido compensadora. "A cada dia aprendo algo novo. Ainda mais porque a equipe da novela tem uma paciência e uma generosidade enormes comigo", elogia.

Nascida em Santa Cruz e criada em Sepetiba, bairros da Zona Oeste do Rio, Aparecida tem uma história de vida singular. Afinal, cresceu sob os cuidados de duas mães: a biológica, Glória Geralda, e a de criação, Vera Lúcia de Carvalho. "Minha mãe me teve com 15 anos e, por não ter condições de me criar, me entregou à sua irmã de criação", lembra ela, que teve o primeiro contato com a atuação no curso de Fisioterapia, profissão na qual é formada. "Comecei a atuar por timidez. Fiz teatro para desinibir", conta ela, que desde então tomou gosto pela interpretação.

A Sandrinha é uma garota inconsequente, porém fiel à realidade de milhares de jovens. Como é interpretá-la?

Muito gratificante. Porque ela é uma personagem muito humana, que mostra o que realmente acontece na vida real. Acho que, de todas as personagens da trama, ela é a que mais se aproxima do dia a dia das pessoas. Ela é viva, acontece de verdade. Tanto que, para interpretá-la, uso várias nuances. Nunca a Sandrinha é a mesma coisa.

E o público se identifica com ela?

Com certeza. E isso me deixa muito feliz. Várias vezes, saio nas ruas e as pessoas me abordam para falar sobre a Sandrinha. Muitas mães vêm me dar conselho. E várias meninas mais novas - muitas delas que moram no morro - apontam para a barriga e me mostram que estão grávidas. Dizem que são como a Sandrinha. Fico impressionada com o poder que a TV tem em relação à vida das pessoas. Às vezes, fico imaginando que cada janelinha de um prédio pode estar me assistindo! E isso me assusta um pouco. Apesar de estar adorando a experiência.

Por conta dessa visibilidade, você e o resto do elenco, muitas vezes, acabam sendo bombardeados pela crítica. Como você lida com isso?

Lido bem. Quando trabalhava como fisioterapeuta, já me cobrava muito. Então estou acostumada. Até porque, as críticas - na maioria das vezes - são construtivas. Não estranho se recebo uma nota zero. Afinal, que ponto de vista é esse zero? Uma cena envolve tantas coisas! Acho que se você acredita no que faz, a nota é você mesmo quem se dá. Eu que devo achar... Mas não deixo de respeitar a opinião das pessoas, que é algo tão subjetivo.

A carreira de atriz é muito instável. Isso assusta você de alguma forma?

Não muito. Porque como fisioterapeuta, minha vida também sempre foi instável. Um dia tinha paciente, no outro não. Então lido bem com isso. Não é que goste disso. Mas aprendi a conviver muito bem com essa questão. Apesar de saber que ainda me falta estabilidade financeira.

(Por Carla Neves)

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