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18/11/2009 - 05h46

"Desenhei a minha carreira de um jeito diferente do convencional", diz Luana Piovani, que terá participação em "Ó Paí, Ó"

PopTevê
Há tempos Luana Piovani optou por deixar de lado a televisão para se dedicar integralmente ao teatro e ao cinema. Não à toa, são raras as vezes em que a atriz dá as caras na tevê. Isso porque, para ela, é complicado conciliar sua agenda nos palcos e nos sets cinematográficos com o dia a dia das novelas e minisséries. Apesar disso, Luana não é do tipo que deixa passar um trabalho interessante. Tanto que, mesmo envolvida com seu monólogo, "Pássaro da Noite", ela não resistiu ao convite da diretora Olívia Guimarães para fazer uma participação no terceiro episódio de "Ó Paí, Ó", que vai ao ar no próximo dia 27. "A Olívia me telefonou e disse que o João Falcão e o Guel Arraes tinham pensado em mim na hora que escreveram a Patrícia. Como já conheço o ótimo trabalho dos dois há um tempo, aceitei de imediato", recorda a atriz.
  • Jorge Rodrigues Jorge/Carta Z Notícias

    A atriz Luana Piovani, que estará nesta temporada da série "Ó Paí, Ó"


Amiga de infância de Roque, papel vivido por Lázaro Ramos, Patrícia reencontra o cantor em um trio elétrico de Carlinhos Brown. O problema é que Dandara, namorada de Roque encarnada por Aline Nepomuceno, fica com ciúmes da bela loura. Afinal, ela dança de um jeito extremamente sedutor no trio, ao lado de Carlinhos Brown e de Roque. Apesar de observar o jeito assanhado de Patrícia para cima de Roque, Dandara decide não armar nenhum barraco. "Elas se estranham, mas se entendem no final. Quem fica chupando o dedo é o Roque", adianta Luana, aos risos.

Encarnar a "burguesinha" Patrícia durante três dias em Salvador, na Bahia, parece ter mexido com Luana, que torce para que o seriado tenha mais uma temporada. "Tinha de ter mais uma fase. Porque o texto é muito bom e o elenco também", avalia ela, que se encantou com a performance do Bando de Teatro Olodum e, principalmente, com o alto-astral do povo baiano. "Os atores do Bando são demais. Têm um humor e uma malemolência muito gostosas", elogia ela, que trabalha pela segunda vez ao lado de Lázaro Ramos. "Fizemos 'O Homem Que Copiava'. Adoro o Lazinho", derrete-se.

A partir de 2006, você enveredou para o teatro e o cinema, deixando a tevê em segundo plano. Não tem vontade de voltar a fazer uma novela? Ou prefere fazer só participações, como agora em "Ó Paí, Ó"?

Não dá para dizer que não vou fazer novela. O que acontece é que não tem havido tempo. Acabei há 20 dias a turnê do meu monólogo, "Pássaro da Noite", e já estou na produção do meu infantil, "O Soldadinho E A Bailarina". Como começo a ensaiar em janeiro, já não tenho a possibilidade de fazer mais nada. Só se for algo tipo "Ó Paí, Ó", uma participação, em um episódio, com três ou quatro dias de gravação. Para eu voltar a fazer televisão teria de ser algo a longo prazo. Para eu poder me organizar. Porque a dinâmica que a tevê tem é sempre muito rápida. Você é convidada hoje para entrar em uma novela daqui a 20 dias. E a maneira como conduzo a minha vida não me permite fazer isso.

Mas você tem conseguido levar sua vida só de teatro e cinema?

Tenho pago as minhas contas há muito anos. Está tudo super bem (risos). E o mais legal é que, felizmente, fui bem recebida pela crítica tanto no teatro quanto no cinema. Por incrível que pareça, apanhava muito mais quando fazia tevê. Porque comecei como modelo e entrei para interpretar uma modelo em "Sex Appeal".

Você acha que, na época, sofreu preconceito por conta disso?

Na verdade, esse preconceito com a beleza é muito mais interno que do externo. Desenhei a minha carreira de um jeito diferente do convencional. Então acho que, de certa forma, não dava para as pessoas me rotularem muito como "mais uma carinha bonita na tevê". Porque acabei seguindo outro caminho muito cedo. Nunca senti esse preconceito fazendo novela e minissérie. É mais uma cobrança que a gente tem com a gente, de precisar provar ao mundo que temos outras qualidades além da beleza. É uma coisa meio nossa.

E hoje, você ainda se cobra muito?

Não. Já não me cobro mais nada (risos).

(por Carla Neves)

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